O futuro do Brasil está com movimentos que não suportam mais ser vampirizados pelos mortos
O
MST tem todas as características de uma tropa de assalto, não de um
movimento social. A começar de seu Ernst Röhm, que é Guilherme Boulos,
alguém que tomou de empréstimo a causa dos ditos sem-teto. Afinal, se
esse rapaz quiser, ele tem telhados demais à sua disposição.
A origem
endinheirada do chefão do MTST faz, sim, diferença na truculência com
que ele conduz o movimento, que não hesita em invadir, incendiar,
quebrar e, como se viu na quarta-feira, cercar pessoas que se manifestam
pacificamente em favor do impeachment — segundo direitos assegurados
pela Constituição e pelas leis.
Como
carrega a aura de que não quer nada para si mesmo, já que renunciou ao
conforto da família que gente com ele chama “burguesa”, então tudo lhe é
permitido. A luta campal que o movimento de Boulos tentou promover
contra o Movimento Brasil Livre e o Vem Pra Rua expressa o seu
entendimento da política. Para essa gente, é na porrada e com sangue que
se resolvem os dilemas.
Há muito
já escrevi que as críticas que o MTST fazem ao PT só enganam trouxas. E
evidente que Boulos resolveu liderar o que supõe ser uma espécie de
vanguarda revolucionária do PT. Não! Não haverá revolução nenhuma,
sabemos disso. O movimento encarna só uma forma mais agressiva e
supostamente mais pura de apropriação dos bens coletivos em benefício de
um grupo, de uma ideologia, de uma camarilha. A diferença entre Boulos e
Delúbio é de forma, não de conteúdo.
A prática
de Boulos se iguala à das milícias bolivarianas na Venezuela. Também o
MTST se impõe por meio do terrorismo, da ameaça e da intimidação, a
exemplo do que se viu na quarta, quando seus militantes truculentos
procuraram cercar os jovens do Movimento Brasil Livre e do Vem Pra Rua.
Há
largueza o bastante nos gramados do Congresso para que todos se
manifestem. Ninguém iria impedir que o MTST instalasse as suas barracas.
Mas não! Os terroristas, que chegaram explodindo rojões e fogos de
artifício, resolveram disputar espaço com seus adversários, buscando e
provocando o confronto físico. Renan Santos, um dos coordenadores,
sangrou nas costas, ferido por um instrumento pontiagudo manipulado por
uma senhora do PSOL.
Boulos
estava atendendo a um chamado, a uma convocação, a um grito de guerra,
feito por Sibá Machado (AC), líder do PT na Câmara. No dia anterior,
chafurdando da delinquência política, Sibá, que é um dos esbirros de
Lula, anunciou aos berros: “Eu vou juntar gente e botar vocês pra correr
da frente do Congresso. Bando de vagabundos! Vocês são vagabundos.
Vamos pro pau com vocês agora!”. E aí Boulos Röhm mandou a sua SA entrar
em ação.
A atuação
dos delinquentes foi um exemplo loquaz do que essa canalha entende por
política e evidencia o seu ódio essencial à democracia. Por isso eles
têm de ser vencidos. Por isso eles têm de ser derrotados. Com base na
lei e na ordem. Vão perder. Já perderam.
No fim da
noite desta quarta, os trogloditas ensarilharam as suas armas e foram
embora, derrotados, humilhados, vencidos, como expressão de um exército
que vinha do passado, como um bando de zumbis.
Atenção!
Eles vestiam camisetas do MTST, mas sua origem era uma invasão em
Planaltina, no Distrito Federal, promovida pelo… MST. Tratava-se de uma
espécie de joint-venture do terrorismo mixuruca, de uma associação entre
Guilherme Bolos e João Pedro Stedile. A resistência pacífica do MBL os
desmoralizou. Enfiaram suas bandeiras entre as pernas e foram embora.
Existe um
novo Brasil. O MTST e o MST já perderam. O futuro do Brasil está com o
MBL, o Vem Pra Rua ne outros movimentos que não suportam mais ser
vampirizados pelos mortos.
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