MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 26 de março de 2015

Mulher que agrediu professora no RS é viúva e mãe de 5 filhos, diz prefeito


Professora relata que foi arrastada pelos cabelos da sala de aula.
MP pediu transferência de alunos, filhos da mulher, após agressão.

Do G1 RS
Professora foi agredida na Escola Municipal Irmão Pedro, em Canoas (Foto: Paula Vinhas/Prefeitura de Canoas)Professora foi agredida na Escola Municipal Irmão
Pedro (Foto: Paula Vinhas/Prefeitura de Canoas)
A família da mulher acusada de agressão por uma professora em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, não tinha histórico de agressão e nunca havia se envolvido em confusão na escola. Mãe de cinco filhos, sendo três ex-alunos já adultos e dois meninos até então matriculados no colégio, ela é viúva há dois anos. A Polícia Civil investiga o caso e a agressora deve responder por lesão corporal.
"Essa família nunca teve problemas. Claro que é um ato que tem que ser responsabilizado, essa mãe errou. Tem que ter uma ação forte para que isso não se repita. Mas para mim há três vítimas na história: a professora, a criança e a mãe”, disse ao G1 o prefeito Jairo Jorge.
A docente contou que foi arrastada pelos cabelos e ameaçada pela mãe do aluno com uma tesoura, depois que orientou o estudante a ir até a sala da direção retirar uma autorização, porque ele havia chegado com mais de 30 minutos de atraso. O caso ocorreu no último dia 4 na Escola Municipal Irmão Pedro.
Ao G1, a professora explicou que foi acertado entre todo o corpo docente da escola que os alunos atrasados por mais de 30 minutos precisavam de uma autorização da direção para entrar na sala de aula. Naquela data, o menino não queria ir ao colégio – completava-se dois anos da morte do pai.
Apesar do atraso, o menino voltou à sala de aula com a mãe, que, apesar de estar com o documento solicitado, agrediu a docente. "Ela veio com o dedo em riste me chamando de pirralha, me ofendendo. Eu disse para ela ir à direção, porque eu não iria conversar naquele nível, mas ela meteu o pé na porta e entrou na sala de aula. Quando eu virei as minhas costas para chamar a direção, ela me puxou pelos cabelos e me arrastou pelo pátio da escola na frente dos meus alunos e colegas. Meus alunos ficaram gritando para me soltar. O próprio filho dela gritava para que ela me soltasse", recordou a professora.
Na sala da direção, a docente afirmou ainda que ela e duas colegas, entre elas a diretora da escola, foram ameaçadas de morte pela mulher, que segurava uma tesoura. "Desencadeou um processo de surto. Ela tirou todas as vestes, ficou apenas de roupas íntimas. Esses atos mostraram as condições psicológicas dessa mãe", opinou o prefeito.
Logo após o episódio, a professora solicitou a troca de escola, o que foi atendido. A Secretaria da Educação fez um requerimento ao Ministério Público para que os dois filhos da mulher também fosses transferidos para uma nova instituição. Segundo Jairo Jorge, o pedido, já aceito pelo órgão, foi feito para preservar as crianças.
"Procuramos o Conselho Tutelar e o MP e propomos à família que as crianças saíssem. Entendíamos que o caso poderia gerar bulliyng, como de fato aconteceu com o pequeno", ponderou, acrescentando que os colegas passaram a fazer "piadas" com o filho da mulher após o episódio.
De acordo com a Polícia Civil, foi registrado boletim de ocorrência logo após a agressão. De acordo com o delegado Cleomar Marangoni, responsável pelo caso, a Polícia Civil aguarda o laudo do exame de corpo de delito para encaminhar um termo circunstanciado para a Justiça. A mãe do aluno deve responder por lesão corporal. A professora, no entanto, avalia tomar medidas contra a agressora por meio de seu advogado.
O secretário de Educação de Canoas, Eliezer Pacheco, afirmou que foram tomadas todas as providências necessárias e negou que houvesse uma tentativa de evitar a divulgação do caso. Segundo ele, ainda antes da repercussão na imprensa, já haviam sido acionados a Brigada Militar, a Polícia Civil, o Conselho Tutelar e o Ministério Público.

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