Entidades ligadas à educação defendem nota mínima para obter
empréstimo pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A medida foi
estipulada no final do ano passado, na gestão do ex-ministro da
Educação, Henrique Paim, e causou polêmica principalmente no setor
privado de ensino superior. Agora, é preciso tirar 450 na média das
provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e não tirar 0 na
redação, a mesma média exigida para obter bolsas de estudo em
instituições privadas pelo Programa Universidade para Todos (ProUni). As
instituições acreditam que isso reduzirá os contratos em pelo menos
20%. Para o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação,
Daniel Cara, as medidas geram empréstimos mais qualificados. “É um
critério mais objetivo. Sabemos que boa parte da qualidade de uma
universidade é dada pelo aluno. Alunos com mais qualidade tem um melhor
desempenho”, diz. Ele acrescentou a decisão “gerou um impacto no
mercado, mas o mercado não pode ter a expectativa de que o governo vá
arcar com a expansão das instituições privadas. O governo deve arcar,
prioritariamente, com a expansão das instituições públicas”. POLITICA LIVRE
Mariana Tokarnia, Agência Brasil
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