Foto: Divulgação
Fórum Nacional da Ordem dos Médicos do Brasil
Palestrante no Fórum Nacional da Ordem dos Médicos do Brasil,
que acontece no Hotel Portobelo, em Salvador, durante esta sexta-feira
(30) e o próximo sábado (31) visando discutir o atual momento da Saúde
no Estado, a ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Eliana
Calmon, candidata derrotada ao Senado pelo PSB, conversou com este Política Livre
e comentou sobre o atual cenário da Saúde pública na Bahia e nacional.
“Palestrei pontuando alguns aspectos teóricos e práticos sobre o quadro
atual. A Saúde na Bahia está em uma situação difícil, mas não na Bahia
isoladamente. A política nacional de Saúde é um equívoco. As secretarias
de Saúde se transformaram em corretoras, onde existe uma total
irresponsabilidade por parte delas. Os médicos estão sendo terceirizados
e isso é realmente uma questão que precisa ser revista. O Sistema SUS
[Sistema Único de Saúde] também precisa ser revisto e é isso que nós
estamos argumentando, pois está levando um verdadeiro caos à Saúde não
somente na Bahia. O problema é federal. É a política de Saúde que me
parece equivocada”, disse Calmon. Ainda segundo Eliana, a forma que se
tenta solucionar os problemas de gestão na Saúde pública também é
equivocado, “Nós temos que rever, pois estamos pegando aspectos pontuais
para resolver. É preciso reestudar o sistema SUS. A gente pega uma
entidade que está com dificuldade e tentamos remendar. O que precisamos é
rever todo o aspecto de prestação de serviço porque esse sistema não
está dando certo. Hospitais estão sendo fechado, nós temos deficiências
de médicos e os próprios planos de saúde também já não cumprem o seu
papel, de forma que em termos de Saúde pública no Brasil tudo está
falho. Isto é o que vejo como cidadã”, analisou a jurista. Eliana Calmon
também aproveitou para criticar a Central de Regulação da Saúde,
sistema que vem sendo alvo de criticas também pela oposição do atual
governo. “Eles entendem que a regulação é um sistema excelente, mas
seria se nós tivéssemos vagas suficientes para atender os pacientes.
Como nós não temos leitos e profissionais suficientes nós ficamos em
dificuldades”, concluiu. POLITICA LIVRE
André Reis
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