O quadro está completo. Aloysio Nunes Ferreira é o vice. Geraldo Alckmin
abriu mão de algumas convicções e aceitou que José Serra fosse o único
candidato da sua coligação ao Senado, tendo como suplente José Aníbal.
Lembrem que Aníbal moveu uma luta interna fratricida para ser o
candidato tucano à prefeitura paulistana. Uma divisão que levou o PSDB à
derrota diante de Haddad. Ao que parece, o tucanato está unido em São
Paulo.
Tasso Jereissatti aceitou concorrer ao Senado no Ceará, formando um
palanque fortíssimo com o senador peemedebista Eunício Oliveira. Em
Minas Gerais, o prefeito Marcos Lacerda, do PSB, rompeu com o partido e
avisou: está com Aécio. Por fim, a coordenação geral da campanha foi
dada a José Agripino Maia, presidente do DEM, um nordestino e um grande
nome da oposição, que se não fosse a necessidade de unir São Paulo
poderia ter sido um excelente nome para a vice-presidência.
É de ressaltar que enquanto Dilma Rousseff e Lula tentavam esvaziar o
palanque eletrônico da Oposição, devolvendo, por exemplo, o ministério
dos Transportes aos mesmos corruptos que foram demitidos exatamente três
anos atrás, Aécio Neves corria o país montando palanques de carne e
osso.
Ana Amélia Lemos, do PP, líder nas intenções de voto no Rio Grande do
Sul, avisou que vai pintar o nome de Aécio na testa. Em Santa Catarina, o
PSDB sai da chapa do PSD traidor, que se elegeu como oposição e hoje
está com Dilma, lançando o senador tucano Paulo Bauer, tendo como vice
um nome do PP e uma coligação forte que garantirá os votos de Aécio na
região. O Paraná, São Paulo, Minas e Goiás são tucanos. No Rio de
Janeiro, o movimento Aezão é uma realidade e pela primeira vez o PSDB
terá uma presença forte naquele importante colégio eleitoral. No Piauí e
na Bahia o partido também está com palanques fortíssimos.
Ontem, Aécio Neves fez um relato para a Executiva Nacional, com a seguinte declaração: "Temos hoje, na média, palanques muito mais
estruturados nos Estados brasileiros do que o próprio PT, que está no governo.
E, no nosso caso, sem perder a coerência, seja com candidaturas do PSDB ou com
aliados que localmente têm afinidade com o PSDB".
Ao que tudo indica, diferentemente de outras eleições, a Oposição parece
entrar unida na campanha. Até mesmo o DEM que, na última eleição, criou
um impasse na indicação do vice, impedindo a inclusão do senador Álvaro
Dias na chapa, entra pacificado na corrida eleitoral. Na tarde de
ontem, Aécio participou
da convenção nacional do DEM, que formalizou a aliança nacional com o
PSDB.
No
evento, José Agripino, já nomeado coordenador geral da campanha, afirmou que a escolha de um nome do PSDB para vice de Aécio
foi feita para aumentar as perspectivas de vitória e que o DEM não pressionaria
para ocupar a vaga, como fez em 2010. "O Aécio teve liberdade para escolher seu vice em razão
da perspectiva de vitória. Era importante ter um nome do Nordeste, mas não
podemos desprezar os 32 milhões de pessoas que moram em São Paulo".
Aécio mostra, neste início, que política não se faz com o fígado. E até
nisso acertou no vice, Aloysio Nunes Ferreira, que não tem papas na
língua e que não foge do embate. Após ser anunciado candidato a
vice-presidente na chapa do
PSDB, o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) disse que não vai mudar seu
estilo
nem levará desaforo para casa, pois não tem "sangue de barata". Ele
fara o embate com o PT, com Lula, com Dilma, com quem quer que seja.
Em maio, Aloysio envolveu-se em uma discussão no Senado com
o blogueiro Rodrigo Grassi, ex-assessor da deputada Erika Kokay (PT-DF) e
conhecido como Rodrigo Pilha. O tucano respondeu sobre por que o PSDB não
apoiava uma CPI na Assembleia Legislativa de São Paulo sobre o cartel de trens
que atuou em gestões tucanas, mas passou a bater boca com Pilha quando foi
questionado se teria envolvimento com o esquema. O tucano já havia sido inocentado e retirado da investigação.
Se a oposição está pacificada, é hora da militância também dar as mãos.
Não é hora de desqualificar as próprias fileiras e de olhar para o
passado, em vez de mirar o futuro. Olhar para o passado é a estratégia
do PT. Como disse Aécio, ele não pretende embarcar no discurso do
medo, do "nós contra eles" entre PT e PSDB. "Se nossos
adversários escolheram o discurso do medo, do óbvio, da divisão perversa do
nosso país, nós vamos escolher falar do futuro e de esperança."
Nosso inimigo é o PT e a sua base fisiológica e corrupta. É a eles que
devemos combater. Como sempre, este blog vai estar na linha de frente,
pois somos um pequeno exército de formadores de opinião. Agora é ir à
luta e buscar os votos.
BLOG DO CORONEL
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