Oficiais se calaram e disseram que seus depoimentos poderiam ser utilizados contra eles mesmos.
Militares compareceram hoje no Rio para depor sobre o caso Rubens Paiva. Oficiais se calaram e disseram que seus depoimentos poderiam ser utilizados contra eles mesmos.
Para a audiência de hoje (29/07) foram
convocadas oito pessoas, somente compareceram cinco. Quatro prestaram
depoimento, mas apenas o ex-delegado regional de Petrópolis, Mauro
Magalhães, que atuou na cidade serrana do Rio no período em que
funcionava a Casa da Morte, respondeu questões dos membros da CNV. Ele
afirmou que conhecia Paulo Malhães e outros agentes que atuavam em
Petrópolis, que o "visitavam de vez em quando para bater papo".
Os militares da reserva Jacy e Jurandyr
Ochsendorf e Souza e o General Nilton de Albuquerque Cerqueira,
orientados por seus advogados, se recusaram a responder as questões
referentes às violações de direitos humanos a eles associadas. A
alegação dada pelos mesmos é que pessoas que prestaram depoimento à CNV
teriam sido denunciadas pelo Ministério Público Federal.
Os
membros da CNV aparentemente se irritaram com a decisão e mesmo assim
fizeram todas as perguntas previstas. Pedro Dalari, coordenador da CNV,
ao final disse que se manter calado é uma decisão frustrante que afeta a
imagem das Forças Armadas.
"A posição sistemática desses militares /
servidores públicos no sentido de que não têm nada a declarar é muito
ruim. É frustrante para a sociedade brasileira, extremamente prejudicial
para esses próprios militares e, infelizmente, começa a afetar a imagem
e a reputação do Exército e das próprias Forças Armadas de maneira
geral".
A opinião do coordenador da CNV, de que a
atitude dos oficiais é "frustrante para a sociedade" parece não ser
endossada pela própria sociedade que acessa a página ofocial da CNV no
facebook. Alí encontramos comentários bastente interessantes,
solicitando uma apuração das ações executadas pelos dois lados que
combateram no período investigado. Veja ao lado.
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