MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Lojistas têm poucas esperanças de aumento das vendas no Dia dos Pais


por
Tamirys Machado
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Foto: Francisco Galvão
O movimento está fraco, nas lojas
O movimento está fraco, nas lojas
Ano fraco para o comércio baiano. Apesar de mais uma data comercial estar se aproximando, o dia dos pais, os lojistas da capital não esperam grandes vendas, assim como tem sido nas principais datas comemorativas.
Vários fatores influenciaram no decréscimo das vendas em 2014, do varejo e atacado: a greve da Polícia Militar, Greve dos Rodoviários, Obras no Baixa dos Sapateiros e região, endividamento, e até mesmo a Copa do Mundo, devido aos feriados que, segundo os lojistas, afetaram diretamente nas vendas.
O presidente da Associação dos Lojistas da Baixa dos Sapateiros e Barroquinha (ALBASA), Rui Barbosa, tem uma expectativa mínima de crescimento.
Ele conta que as obras que estão acontecendo na região afetam nas vendas. “Estamos com a esperança que tenha o crescimento de até 5%, mas alguns fatores vêm prejudicando as vendas na Baixa dos Sapateiros e Barroquinha, como a reforma na área que gera muito congestionamento, dificuldade de acesso, material de construção ao redor, então tudo isso afeta nas vendas”, disse.
Conforme Barbosa outro fator que interfere é o endividamento, sobretudo dos mais idosos. “Ficamos com receio de investir e não ter retorno. O endividamento está grande por conta desse incentivo aos aposentados, por exemplo, a recorrerem a empréstimo e acaba comprometendo a receita, acumula dívidas e deixa de comprar nas datas comemorativas”, questiona.
Já para Paulo Motta, presidente do Sindicato dos lojistas, a expectativa de crescimento em relação ao ano passado é de apenas 1%. “A confiança é que o crescimento aconteça, mas o consumidor está um pouco tímido para compras devido ao momento que o país vive. São juros altos, medo da inflação, então toda essa instabilidade prejudica o mercado. As pessoas estão com medo de perder o emprego e acabam se resguardando”, disse. Ele afirmou ainda que cada loja usa da sua criatividade para atrair os clientes.
O presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador), Antoine Tawil, disse que o objetivo este ano é frear o decréscimo das vendas. “Se conseguirmos repor a inflação está de bom tamanho. Vamos tentar parar o decréscimo com promoções e liquidações, mas não acredito em crescimento de vendas”, afirma. Ele explica também que há uma migração do tipo de presente. “As pessoas optam mais pela famosa lembrancinha, com valor mais baixo”, explica.
Para o vendedor Genivaldo dos Santos de uma loja de sapatos do Centro da Cidade, as vendas estão fracas. “A movimentação está pouca, ano passado foi melhor”, disse. A vendedora Raimara Carvalho, de uma loja de roupas do Shopping no Centro, disse que o ritmo está devagar. “Está muito devagar, talvez com o fim de semana melhore mais”, disse.

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