Manifestantes cercaram o ônibus da Seleção Brasileira na última segunda-feira (26), no Rio de Janeiro
O
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, admitiu nesta
quarta-feira (28) que o esquema de segurança falhou, ao permitir que
manifestantes cercassem o ônibus da Seleção Brasileira na última
segunda-feira (26), no Rio de Janeiro, antes de a delegação seguir para
Teresópolis, local da concentração da equipe.
Cardozo
classificou o episódio de “pontual”, mas disse que serão feitos ajustes
no esquema de proteção das seleções. “Tivemos uma questão pontual no
Rio de Janeiro. Dialogamos com o secretário [de Segurança Pública, José
Mariano] Beltrame, ao lado do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas,
general [José Carlos] De Nardi, e as questões pontuais, pouco a pouco
vão aparecendo e vamos solucionando. Importante é que plano [de
segurança] existe e vamos ter um excelente padrão de segurança na Copa
do Mundo”, afirmou o ministro.
Ele
voltou a defender as manifestações populares, desde que elas sejam
pacíficas. “Cabe a nós garantir a liberdade de manifestação, mas jamais
permitiremos abusos, seja de onde vierem. Não podemos permitir que
pessoas usem a liberdade de manifestação para praticar atos ilícitos,
nem que exista violência por parte de policiais. Tudo isso está
planejado dentro do que concebemos para ter uma boa Copa e um bom padrão
de segurança.”
Ministro reconhece que houve falha no esquema de segurança (Foto: ABr)
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Para
Cardozo, os episódios recentes de manifestações, principalmente perto
de estádios da Copa, não devem afastar os torcedores de outros países.
“Acho que os estrangeiros devem se sentir seguros, sim. [A atuação das
forças de segurança] mostra que a polícia está presente para garantir a
lei, a liberdade de manifestação e não permitir abuso. Em várias partes
do mundo, sempre que tivemos eventos, houve manifestações e, em alguns
casos, com ultrapassagem do limite. A polícia deve garantir a liberdade
de manifestação e evitar que as pessoas abusem. Quem abusar, será
punido”, afirmou o ministro.
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