MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 27 de maio de 2014

"Legados" da Copa dividem políticos


por
Lílian Machado
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
A oposição baiana sinalizou divergência nas avaliações, referentes ao “legado” para o estado a ser deixado pela Copa do Mundo de Futebol que começa daqui a 17 dias. Adversários políticos do governador Jaques Wagner (PT) repercutiram ontem as declarações do secretário extraordinário da Copa, Ney Campello, sobre o preparo do estado para o grande evento.
Além disso, enfatizou que vários benefícios ficarão depois para a população e minimizou o fato de alguns equipamentos não estarem completamente prontos, a exemplo do Aeroporto Internacional. “O fato de não entregarmos para a Copa não quer dizer que não se tenha um legado, pois, passado o evento, as obras vão ser concluídas”, disse.
As afirmações de Campello foram questionadas pelo deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB). Segundo o peemedebista, o secretário foi “contraditório”. “Se ele admite que o aeroporto não está pronto, como o estado está preparado? Os projetos de mobilidade urbana não foram concretizados. Não se tem metrô, não teve o investimento  que deveria ter. O porto não melhorou. Além disso, não há segurança pública para proteger quem efetivamente mora aqui. Como o estado está preparado?” indagou.
Por sua vez, o ex-secretário de Transportes da prefeitura de Salvador e atual presidente estadual do DEM, José Carlos Aleluia demonstrou sintonia com Campello, além de elogiar a atuação do titular. “Acompanhei e ele fez um bom trabalho. Tive várias reuniões com ele e posso dizer que houve um trabalho de afinamento entre a prefeitura e o governo nessa área. Ficará o legado de algumas obras feitas pela prefeitura, outras pelo governo, além da parte educacional que é a convivência entre diferentes povos. A Copa é boa para a cidade”, frisou.
Na seara política, o peemedebista e o democrata combinaram na ironia ao secretário, que na entrevista contestou a unidade dos partidos de oposição para a disputa de outubro. Lúcio, que é irmão do pré-candidato ao Senado, Geddel Vieira Lima (PMDB), disse que uma chapa representada por Paulo Souto (DEM) ao governo e Geddel não pode ser analisada como falta de alternativa. “Pelo contrário, não houve imposição por falta de alternativa, pois aqui a unidade foi fruto de um processo democrático, amplamente discutido, com excesso de opções. Sendo assim, eu que devolvo a pergunta para ele: “O nome de Rui Costa (PT) foi por falta de alternativa ou um capricho do governador?”, questionou.
Aleluia zombou ao relacionar o assunto com futebol. “Na seara política eu prefiro ver Ney Campello na Fonte Nova jogando. A oposição está unida e muito bem”, disse. O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, Elmar Nascimento (DEM), disparou: “Não sei quem é Ney Campello”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário