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Notícias Faltantes - Mídia sem Máscara
Notícias Faltantes - Mídia sem Máscara
Embora poucas pessoas percebam, as eleições presidenciais na Colômbia têm um peso decisório
no futuro do nosso continente.
no futuro do nosso continente.
No domingo 25 de maio ocorreram duas eleições de considerável importância no nosso continente: na Venezuela, não pelos cargos disputados mas pela resposta da oposição venezuelana ao autoritarismo do ilegal presidente Nicolás Maduro e na Colômbia, fundamental para decidir se o país se transformará em mais um satélite castro-comunista com as FARC no poder.
Em
meados de fevereiro deste ano, Maduro, sob as ordens dos ditadores
Castro, depôs e fez colocar na cadeia com uma condenação de 12 meses de
prisão, dois prefeitos que se opuseram a combater os manifestantes que
armavam barricadas para se defender dos ataques da Polícia e Guarda
Nacional que atacavam os estudantes sob as ordens de Maduro. Depostos os
prefeitos Daniel Ceballos, de San Cristóbal, estado Táchira, e Enzo
Scarano, de San Diego, estado Carabobo, Maduro decretou os cargos
vacantes e convocou eleições para 25 de maio. O que ele não contava é
que as esposas dos prefeitos encarcerados iriam concorrer aos cargos
para dar continuidade ao trabalho de seus maridos.
Em
resposta aos desmandos autoritários do governo ilegítimo de Maduro, o
povo respondeu à convocatória e votou maciçamente nestas duas senhoras.
Patrícia de Ceballos, esposa de Daniel, se converteu na nova prefeita de
San Cristóbal com 73,60% dos votos, e Rosa Brandonisio Scarano, esposa
de Enzo, conquistou a prefeitura de San Diego com 87,74% dos votos.
Insatisfeito com o resultado, porque seus prepostos foram rechaçados
rotundamente, Maduro ainda no domingo “advertiu” que estava havendo
eleições em dois municípios porque os prefeitos “cometeram delitos graves para o país”, e que a oposição poderia governar mas se “se se tornassem loucos e começassem a queimar o município outra vez, se convocarão eleições a cada três meses até que haja paz”,
como se os responsáveis por tantos assassinatos fossem esses prefeitos e
não os supostos agentes da ordem por determinações suas.
Embora
poucas pessoas percebam, as eleições presidenciais na Colômbia têm um
peso decisório no futuro do nosso continente, considerando que o atual
presidente, Juan Manuel Santos, vem há mais de um ano facilitando, com o
apoio dos ditadores Castro, a legalização dos terroristas das FARC que
pretendem fazer do país mais um feudo comunista.
Com
menos de um ano de criação e oficialização do partido Centro
Democrático (CD), o ex-presidente Uribe elegeu-se Senador da República
com mais de 80% de votos, e ainda elegeu a maioria dos senadores e
deputados federais que ocuparão as cadeiras do Parlamento colombiano.
Desesperado com este resultado, o presidente Santos tramou de todas as
maneiras que pôde para impedir que o CD tivesse um candidato à
presidência e que este resultasse vencedor nas eleições que se
celebraram no último domingo.
Faltando aproximadamente um mês para as eleições, Santos, através da revista Semana
de propriedade de sua família, divulgou um vídeo onde aparecia o
candidato do CD, Oscar Iván Zuluaga, em conversa com o suposto hacker
Andrés Sepúlveda, onde “tramavam um golpe para derrubar Santos”. A
fraude foi grosseira. Vários peritos em informática analisaram o vídeo e
apontaram até 30 edições que modificavam o que fora conversado. O
advogado de Zuluaga, Jaime Granados, entrou com uma denúncia no
Ministério Público contra essa fraude criminosa, anexando os laudos
periciais, mas na primeira avaliação - apressada, evidentemente - o MP
alegou que o vídeo era autêntico, entretanto, a sentença final ainda não
saiu e Zuluaga pôde concorrer legalmente.
O
escândalo provocou efeito contrário aos planos de Santos pois, revelada
a fraude, a rejeição dos colombianos a ele, que já era enorme por conta
do tal “acordo de paz”, além de ver as mentiras das FARC que assinaram
um cessar fogo que seria de 20 a 28 de maio e NUNCA deixaram de cometer assassinatos e atos terroristas, resultou em que preferiram acreditar no candidato de Uribe.
A
resposta a esse rechaço veio nas urnas: Oscar Iván Zuluaga obteve
29,27% dos votos e Juan Manuel 25,59%, com 60% de abstenção (na Colômbia
o voto não é obrigatório), um dos índices mais altos que se tenha
notícia, contrastando com as eleições de 2010, quando Santos elegeu-se
com a plataforma de Uribe e traiu-a no dia seguinte à tomada de posse
reatando relações com a Venezuela e declarando Chávez seu “mais novo
melhor amigo”. Com esse resultado a disputa vai para um segundo turno
que ocorrerá em 15 de junho.
Quem
acompanhou as eleições de 2010, como eu, e que via uma população
esperançosa de que finalmente o país voltaria a viver em paz com o fim
das FARC, compreende a desconfiança do povo em decidir os destinos do
país, daí tão grande índice de abstenção. Santos era o candidato de
Uribe e o traiu vergonhosamente, então, como confiar em outro que
aparece com as mesmas promessas? As “negociações de paz” em Havana
têm-se mostrado um fracasso rotundo para os anseios dos colombianos e
uma vitória para as FARC mas não foram concluídas antes das eleições, o
que deu uma folga para Zuluaga que já afirmou que vai suspendê-las.
A
candidata Marta Lucía Ramírez, do Partido Conservador - que não lhe deu
qualquer apoio e que foi grosseiramente mal tratada pela mídia inteira
-, já declarou que vai apoiar Zuluaga, o que representa mais de 15% dos
eleitores que lhe deram seu voto. Os outros dois candidatos, Enrique
Peñalosa do Partido Verde e Claudia López do Polo Democrático
Alternativo que pertence ao Foro de São Paulo, certamente apoiarão a
Santos. Porém, não se pode esquecer que os 60% que não foram votar
demonstraram seu rechaço a Santos e que, agora, com um bom trabalho do
Centro Democrático, poderão ir às urnas em 15 de junho e depositar sua
confiança em Zuluaga porque os colombianos odeiam as FARC de morte e não
querem vê-las livres e impunes de tantos crimes hediondos.
O
que se teme agora é que Santos acelere a assinatura final dos acordos
para apresentar-se como o candidato que “selou a paz” e acabou com um
conflito que dura mais de 50 anos, mas isso poderá ser o tiro de
misericórdia em suas pretensões de conquistar o Prêmio Nobel da Paz e
mais um mandato de 4 anos. Só nos resta torcer e aguardar que o povo
colombiano decida pelo melhor, pelo fim desse flagelo maldito chamado
FARC, pois isto será um golpe também para os ditadores Castro, aos que
tramam desde Havana e ao Foro de São Paulo.
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