1) Mudança como retrocesso
O documento
petista tenta pegar carona no clamor de mudança manifestado pela
população, mas vê tudo pelo retrovisor. Vejam só o retrocesso
bolivariano:
O que significa “continuar mudando” o Brasil? Responder a estas
perguntas exige lembrar que, tanto no Brasil quanto no conjunto da
América Latina, continua posta a tarefa de superar a herança maldita
cujas fontes são a ditadura militar, o desenvolvimentismo conservador e a
devastação neoliberal.
Esta herança maldita se materializa, hoje, em três dimensões principais: o
domínio imperial norte-americano; a ditadura do capital financeiro e
monopolista sobre a economia; e a lógica do Estado mínimo.
Superar estas três dimensões da herança maldita é uma tarefa
simultaneamente nacional e regional, motivo pelo qual defendemos o
aprofundamento da soberania nacional, a aceleração e radicalização da
integração latino-americana e caribenha, uma política externa que
confronte os interesses dos Estados Unidos e seus aliados.
2) Ataque à imprensa
O documento
identifica dois projetos em disputa: o totalitário petista e o de
"setores da elite conservadora e da mídia oligopolista, que funciona
como partido de oposição". E tome ranço e ressentimento:
"Arregimentam os interesses privatistas, rentistas, entreguistas, sob o guarda-chuva
ideológico do neoliberalismo e de valores retrógrados do machismo, racismo
e homofobia, daqueles que pretendem voltar ao passado neoliberal,
excludente e conservador.
Mais esta, que revela o ódio ao jornalismo independente:
No entanto, o que percebemos do oligopólio midiático brasileiro é um
distanciamento da verdade factual e a adoção de uma linha editorial que
busca a permanente desconstrução dos movimentos sociais, dos nossos
governos e do nosso partido. O oligopólio midiático tenta induzir a opinião
pública e inflar nossos adversários, assumindo o papel de oposição
sistemática.
Mais esta, que revela o ódio ao jornalismo independente:
No entanto, o que percebemos do oligopólio midiático brasileiro é um
distanciamento da verdade factual e a adoção de uma linha editorial que
busca a permanente desconstrução dos movimentos sociais, dos nossos
governos e do nosso partido. O oligopólio midiático tenta induzir a opinião
pública e inflar nossos adversários, assumindo o papel de oposição
sistemática.
3) Condenação do STF
Não poderia faltar, nas diretrizes, a condenação do STF, que, após longo
processo, condenou à prisão grande parte da liderança petista,
envolvida no mensalão. Para o PT, a conduta do tribunal é de exceção.
Fidel Castro assinaria embaixo:
"O principal exemplo desta conduta é o julgamento de exceção em que se
transformou a Ação Penal 470. Além de tudo que já foi dito em resoluções
anteriores do Partido a respeito, agora vemos a perseguição e a negação de
direitos a condenados, com o objetivo de acuar o próprio PT. Enfrentar esta
situação exige, para além de medidas imediatas, um persistente trabalho
de desconstrução da opinião pública acerca deste julgamento, que foi "80%
político" e injusto. A campanha eleitoral dos adversários deverá abordar
este assunto, o que o tornará ainda mais incontornável."
4) Defesa da "assembleia constituinte", típica do golpismo bolivariano.
As eleições de 2014 são, também, um momento decisivo para travar o
debate de idéias e conquistar hegemonia em torno do nosso projeto de
sociedade. Nesse sentido, a proposta feita pela presidenta Dilma ao
Congresso Nacional, de um plebiscito para convocar uma Constituinte
Exclusiva pela Reforma Política, proposta encampada pelo PT, movimentos
sociais, centrais sindicais, partidos políticos, organizações da sociedade,
deve fazer parte destacada da ação eleitoral da militância e de nossas
candidaturas. A luta pela reforma política deve estar no centro de nossa
tática eleitoral e dos programas de governo nacional e estaduais.
5) A estupidez anticapitalista, sintoma de cegueira histórica e utopia totalitária.
Por fim, reafirmamos que para nós do Partido dos Trabalhadores as
eleições não são um fim em si mesmo. Nosso grande objetivo é, através das
vitórias que obtemos nos espaços institucionais, democratizar o Estado,
inverter prioridades e estabelecer uma contra-hegemonia ao capitalismo,
capaz de construir um projeto de socialismo radicalmente democrático para
o Brasil.
No mais, temos a costumeira defesa de doutrinas politicamente corretas, relativas a "gênero", "raça" e outros (pre)conceitos ultrapassados. O leitor pode consultar o próprio documento para constatar que se trata de um partido retrógrado, sem sintonia com as transformações históricas contemporâneas.
Depois disso, alguém com um pouco de apreço pela democracia ainda pensa em votar em Dilma?
BLOG ORLANDO TAMBOSI
As eleições de 2014 são, também, um momento decisivo para travar o
debate de idéias e conquistar hegemonia em torno do nosso projeto de
sociedade. Nesse sentido, a proposta feita pela presidenta Dilma ao
Congresso Nacional, de um plebiscito para convocar uma Constituinte
Exclusiva pela Reforma Política, proposta encampada pelo PT, movimentos
sociais, centrais sindicais, partidos políticos, organizações da sociedade,
deve fazer parte destacada da ação eleitoral da militância e de nossas
candidaturas. A luta pela reforma política deve estar no centro de nossa
tática eleitoral e dos programas de governo nacional e estaduais.
Por fim, reafirmamos que para nós do Partido dos Trabalhadores as
eleições não são um fim em si mesmo. Nosso grande objetivo é, através das
vitórias que obtemos nos espaços institucionais, democratizar o Estado,
inverter prioridades e estabelecer uma contra-hegemonia ao capitalismo,
capaz de construir um projeto de socialismo radicalmente democrático para
o Brasil.
No mais, temos a costumeira defesa de doutrinas politicamente corretas, relativas a "gênero", "raça" e outros (pre)conceitos ultrapassados. O leitor pode consultar o próprio documento para constatar que se trata de um partido retrógrado, sem sintonia com as transformações históricas contemporâneas.
Depois disso, alguém com um pouco de apreço pela democracia ainda pensa em votar em Dilma?
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