A recente intervenção implícita do ex-presidente Lula no
governo já teve resultados. Nas últimas semanas, a presidente Dilma
Rousseff acatou algumas recomendações do padrinho político e adotou a tática “bateu, levou”.
A ordem agora é não deixar nenhuma crítica sem resposta, falar o máximo possível sobre as realizações do governo, comparar as gestões
tucanas com os mandatos do PT e melhorar a divulgação das ações
vinculadas diretamente à presidente, como os programas Pronatec e Mais
Médicos, por exemplo.
Nos bastidores, o ex-presidente vinha alertando que Dilma
precisava fazer a “disputa política” por meio da imprensa e pelos canais
oficiais de comunicação, com o uso de propaganda institucional e até
mesmo lançando mão de pronunciamentos em cadeia nacional de rádio e TV.
Em uma conversa a sós com Dilma há duas semanas, Lula listou uma
série de providências para reverter queda nas pesquisas e melhorar a
avaliação do governo. Duas delas: resolver problemas no programa Minha
Casa Minha Vida e adotar uma ofensiva para resgatar o apoio da população
à Copa.
Segundo interlocutores, o ex-presidente voltou a insistir na
necessidade de Dilma ampliar o diálogo com o setor privado e com a
sociedade civil organizada. Ela já abriu sua agenda para empresários,
banqueiros e movimento jovem. Sobre a Petrobras, Lula orientou a sucessora a partir para o ataque e rebater as críticas.
Adversário. O pré-candidato do PSB à Presidência da República,
Eduardo Campos, pretende centrar seu programa econômico de governo no
“novo desenvolvimentismo”.
Essa proposta, segundo Campos, agregará os projetos de
desenvolvimento econômico com sustentabilidade, respeitando o tripé
responsabilidade fiscal, metas de inflação que sejam de fato cumpridas e
câmbio flutuante. “É imperioso recuperar a confiança dos investidores”,
ressaltou Campos, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”.
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