Revista Sociedade Militar admite. SIM, é verdade, os Estados Unidos Apoiaram O GOLPE MILITAR!
As
principais manchetes dessa semana apontam os Estados Unidos da América
como grande incentivador e apoiador da ação militar posta em prática em
março de 1964. Como se isso fosse um escândalo, ou algo absurdo para a
época. O mundo era dividido em dois blocos. URSS comandava o bloco
comunista, com economia estatizada, política unipartidária e uma
sociedade privada de direitos como viajar ao exterior e livre culto
religioso. Os Estados Unidos comandavam o bloco capitalista, onde
reinava a economia de mercado, o culto à liberdade e valorização do
indivíduo. Tanto EUA quanto URSS eram superpotencias mundiais, contando
inclusive com armas de destruição em massa, como as bombas nucleares.
Ainda
que a URSS em décadas anteriores tenha tentado cooptar países latino
americanos, somente depois da Revolução Cubana é que parece ter se
tornado evidente para os EUA que a América Latina poderia ser realmente
seduzida pelos comunistas. A questão dos mísseis de Cuba também foi
preponderante. Se o Brasil se tornasse uma ditadura comunista seria
questão de tempo para que os outros países tambem aderissem, logo a
balança equilibrada da guerra penderia perigosamente para o lado
soviético, o que, em última instância, poderia levar o planeta á
terceira grande guerra, e à possível hecatombe nuclear.
A frase “Se o Brasil for perdido, não será outra Cuba, mas outra China, em nosso hemisfério ocidental”,
proferida pelo embaixador norte-americano é mais do que coerente e
coincidente com o papel de um diplomata. Representar o seu país e
proteger os interesses de sua nação faz parte do ofício, ele não poderia
ter agido de forma diferente.
Por
sua vez, a maior parte da sociedade esclarecida do Brasil não
simpatizava com o que sabia que ocorria no bloco comunista. Proibição de
culto religioso, privação do direito de ir e vir, racionamentos de
alimentação, o muro de Berlin, frequentes naufrágios de barcos com
pessoas que fugiam de CUBA e as execuções em El Paredon levaram a igreja
e alguns segmentos da sociedade a se mobilizar para escapar da
revolução comunista. EUA não poderiam deixar de aprovar essa ação, assim
que o Brasil se livrou de João Goulart e Castelo Branco foi eleito o
presidente, Lyndon Johnson reconheceu o novo líder do Brasil, a América estava salva.
Os
militares brasileiros foram ágeis e independentes. Os EUA não foram
protagonistas e nem coadjuvantes da ação, mas aprovavam sim, era algo
necessário e importante para todo o continente. Rapidamente a situação
estava sob controle. Se fosse necessário colocar em prática qualquer
operação militar, e os EUA ajudassem os militares brasileiros a
estabelecer a ordem, isso seria justificado. Os navios também garantiam
que não viria apoio da URSS para os comunistas. O Brasil e a América
Latina precisavam continuar livres.
É
interessante como ninguém menciona que Cuba e URSS investiam no Brasil
para que a revolução comunista fosse bem sucedida, ninguém menciona os
financiamentos, as armas, os cursos realizados em Cuba. Alguém se
lembrou de mencionar Olga Benario, que veio ao Brasil a serviço da
Internacional Comunista. Ninguém menciona Prestes, que até morou na URSS
e veio de lá com muito dinheiro para “investir” numa revolução armada.
Se os EUA investiram, ou só apoiaram, isso deve ser considerado mais do
que normal. Ter reconhecido o governo de Castelo Branco foi também uma
atitude coerente e de auto-defesa dos EUA.
A
própria pesquisa da DATAFOLHA divulgada essa semana, que mostra que 80%
dos brasileiros acham que se a anistia for cancelada deverá ser para
ambos os lados, é uma prova de que a sociedade não está tão alienada
quanto a imprensa quer fazer parecer. Talvez os idiotas úteis estejam,
mas não a maioria dos brasileiros.
Robson A.D.Silva - Http://sociedademilitar.com.br
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