Variedade do fruto tem a casca escura e é desconhecida por muita gente.
'Fruto não tem aceitação comercial por estar fora do padrão', diz agrônomo.
Do G1 ES, com informações da TV Gazeta Noroeste
Uma família de pomeranos que mora em
Pancas, no Noroeste do
Espírito Santo,
mantem a tradição de cultivar a 'banana preta', variedade do fruto com a
casca escura e desconhecida por muita gente. Os antigos diziam que esta
espécie fazia mal e por isso não era comercializada. O engenheiro
agrônomo do Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural (Incaper),
Marcos Stur, disse que esse fruto não tem aceitação comercial por ser
diferente do padrão.
O produtor rural Nilo Jacob disse que as bananeiras são herança de
família. “Há muitos anos, desde que eu era pequeno, tenho essa banana
para cultivar. Sendo que quando acaba um pé, a gente planta outro no
lugar para manter e não sair da linha. Antigamente, eles falavam que era
veneno e não podia comer, mas hoje em dia se come de tudo e nada é
veneno”, disse Jacob.
A família Jacob mantem alguns pés só para consumo próprio, a banana
diferente não é boa para a venda. “A permanência do cultivo é apenas por
questões culturais, de passar de geração para geração, de manter a
tradição mesmo. Nesta região, poucas famílias plantam a banana preta
porque ela não tem boa aceitação comercial. Se levar no Ceasa ou em
algum sacolão, o cliente vai olhar, vai ver que é diferente e na dúvida,
ainda vai levar a banana comum”, explicou Marcos Stur.
Além de ser conhecida como banana preta, essa variedade leva o nome de
Banana de São Tomé. “Em brasileiro costuma dizer que é Banana de São
tomé, ou seja, tem que ver para crer. As pessoas querem ver se realmente
ela tem essa coloração e se é gostosa mesmo”, explicou, aos risos, o
produtor rural Marcos Jacob.
Família de pomeranos cultivam a 'banana preta' no Espírito Santo (Foto: Reprodução/TV Gazeta Noroeste)
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