por
Daniela Pereira
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Tomar um café ou suco, acompanhado por um sanduíche pode ser um lanche rápido e caro quando consumido no aeroporto internacional
de Salvador, Luiz Eduardo Magalhães. Enquanto numa padaria situada em
um bairro de classe média, o consumidor pagaria certa de R$ 6 por um
suco e um “salgado”, no aeroporto o desembolso não seria menor que R$
12. Diante da situação, passageiros e até funcionários têm reclamado
altos os preços dos alimentos no Aeroporto da capital.
A arquiteta Marília Paula de Azevedo, 39 anos, reclama dos preços abusivos, mas tenta ficar longe do consumo.
“Percebo a grande diferença de preços em outros lugares e nos
aeroportos, por isso procuro me alimentar antes de sair de casa. Além
disso, sempre tenho barras de cereais ou frutas na bolsa. Não gosto
muito de comer nas ruas”, afirmou, completando que o problema maior é
quando viaja com os filhos. “Enquanto eu tento não gastar dinheiro com
refeições nos aeroportos, mas filhos são o contrário. Eles não resistem a
um sorvete ou qualquer outro tipo de lanche”, contou.
As redes de fast food são apontadas como as mais procuradas nos terminais. “Já paguei um valor
em uma certa loja e vi outro diferente na mesma loja aqui no aeroporto.
Me senti, praticamente, roubado”, reclamou o design gráfico, Felipe
Pereira, 26. “O problema é que muitos ainda pensam que quem viaja de
avião é rico, mas isso já acabou há muito tempo”, completou.
Reclamações
E as reclamações não se restringem apenas aos passageiros. Funcionários
do local também reclamam das taxas em relação à alimentação. “Moro
longe, preciso sair cedo de casa
e muitas vezes não tomo café direito. Quando preciso comer algo aqui,
fico estarrecida com o dinheiro que gasto”, reclamou a vendedora Sônia
Farias, 30, que mora no bairro da Federação. “Para nós que passamos o
dia aqui nem sempre é possível economizar” afirmou Nelza Souza, também
vendedora.
Há cerca de um ano, a Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuária (Infraero) anunciou um plano de operações, na qual teria
reforço nas equipes de segurança, limpeza e atendimento ao público, vai
ser realizada nos 63 aeroportos administrados pela estatal com o
objetivo de aprimorar os serviços durante as férias. Segundo a Infraero,
uma das novidades, em alguns terminais, é a lanchonete com preços
controlados. Cafezinhos, sanduíches, sucos e outros produtos, entre 15
no total, terão valores mais acessíveis.
A estatal informou que a redução nos preços foi decidida graças a uma
pesquisa feita no mercado local. Apesar da promessa contra os preços
abusivos dos aeroportos brasileiros, baianos e turistas ainda precisam
preparar o bolso para os preços dos alimentos.
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