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Divania Rodrigues
No Brasil existe um inseto fêmea que possui pênis ao invés do órgão reprodutor considerado feminino, a vagina, que é reservado ao macho na espécie. A descoberta é de cientistas japoneses e está sendo muito comentada tanto no meio acadêmico como na imprensa mundial.

Kazuniro Yoshizawa/BBC/Divulgação
De acordo com os estudiosos, o macho possui aberturas, semelhantes aos órgãos femininos, e é penetrado pela fêmea que suga tanto o esperma quanto o alimento que necessita. Essa seria a primeira descoberta, desse tipo de comportamento, identificada no meio natural.
O estudo saiu na revista Clique Current Biology e diz que apesar de ter sido observado a inversão de papel sexual em alguns animais essa é a primeira vez em que os órgãos sexuais também são trocados.
Nos insetos do gênero Neotrogla, o acasalamento dura, segundo os pesquisadores, de 40 a 70 horas. Os animais vivem em cavernas de Minas Gerais, Bahia e Tocantins. O pênis da fêmea foi chamado pelos cientistas de gynosome.
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Kazuniro Yoshizawa/BBC/Divulgação
Os cientistas trabalham com a hipótese de que essa inversão de papéis seja por causa da falta de recursos no ambiente em que vivem. Assim, no ato sexual a fêmea já se alimenta. O gynosome infla ao penetrar o macho e se mantêm preso através de vários pequenos espinhos. Ao tentarem fazer a separação do ato, os cientistas descobriram que não era possível, pois o abdômen do macho foi arrancado sem que houvesse quebra do acoplamento.
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