MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Médicos do Clériston Andrade pedem demissão coletiva na Bahia


Cirurgiões e ortopedistas querem melhores condições de trabalho.
Entre as reivindicações está o pagamento do salário, atrasado em 2 meses.

Do G1 BA com informações da TV Subaé

Cinco cirurgiões do Hospital Clériston Andrade, em Feira de Santana, pediram demissão coletiva na manhã desta quarta-feira (2) em protesto contra as condições de trabalho. Eles eram contratados como pessoa jurídica e por isso não tinham carteira assinada, nem outros direitos dados por lei, como descanso remunerado e 13º salário. Com a saída dos médicos, algumas cirurgias foram suspensas.
O quadro total do hospital conta com 44 cirurgiões, mas cinco entregaram os cargos. Outros dois médicos também chegaram a pedir demissão, mas desistiram e foram trabalhar. Com o pedido de desligamento de cinco profissionais, algumas cirurgias foram suspensas. Uma paciente, que chegou a ser levada para o centro cirúrgico, não teve a operação realizada porque o médico não apareceu. “(Ela) Desceu para o centro cirúrgico e voltou de novo. E aí, como é que vão ficar os pacientes? Tudo dentro do hospital sem fazer cirurgia”, relata a filha de uma das pacientes, Ana Rita da Silva. “A gente espera um atendimento, vem aqui, não dá certo. A gente não tem dinheiro para sobreviver, quem dirá para correr atrás de um médico né”, revela a dona de casa Antônia Gonçalves.
Os médicos reivindicam melhores condições de trabalho, aumento do piso salarial e mudança do vínculo trabalhista. Eles querem que a carteira de trabalho seja assinada. Na manhã desta quarta-feira, representantes do Hospital Clériston Andrade, da secretaria de Saúde do estado da Bahia e dos médicos se reuniram para que providências sejam tomadas.
"Eles tentam negociar com o secretário de Saúde do estado a questão salarial em relação aos vínculos trabalhistas e ao atraso salarial. Tem dois meses que os médicos estão sem receber salário”, disse o diretor do Sindicato dos Médicos (Sindimed), Roberto Andrade.
O chefe do gabinete da secretaria estadual de Saúde, Paulo Barbosa, afirmou que algumas reivindicações já foram atendidas. “Eles pleiteavam uma migração do vínculo de contratação de pessoa jurídica para uma contratação em regime CLT. Nós cedemos à reivindicação, todavia, os valores que nós oferecemos não estavam naquilo que eles pretendiam”, concluiu Barbosa.
De acordo com o diretor de comunicação do Sindimed, Luiz Américo, os médicos estão dispostos a negociar com a Sesab. “Tem um mês que entregamos ao Ministério Público, à Sesab, e ao Cremeb um documento com as reivindicações. Caso elas não fosse atendidas, eles iriam entregar os cargos. Estamos aguardando. Se a Sesab nos chamar, estaremos a postos”. O G1 tentou contato com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), mas até a publicação desta reportagem, não obteve êxito.

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