Daniela Mercury e esposa na campanha que mobilizou o país.
O Ipea (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada), do governo federal, divulgou nesta sexta-feira uma nota
reconhecendo que houve erro na divulgação que chocou o país ao dizer que a
maioria dos brasileiros (65,1%) apoia ataques a mulheres que usam roupa curta.
Segundo o Ipea, por uma troca nos
gráficos da pesquisa divulgada, o resultado divulgado está errado. Os
percentuais corretos são: 26% concordam, total ou parcialmente, com a afirmação
"mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas; e 70%
discordam total ou parcialmente. Outros 3,4% se dizem neutros.
O diretor da área social do Ipea
pediu a sua exoneração assim que o erro foi detectado. A pesquisa, com os dados errados,
gerou enorme repercussão e uma campanha em redes sociais com o lema
#eunãomereçoserestuprada. A onda de indignação teve apoio até da presidente
Dilma Rousseff (PT).
Por meio de nota, o Ipea ainda corrigiu
outro par de questões que tiveram os resultados invertidos. Questionados, sobre
"o que acontece com o casal em casa não interessa aos outros", 13,1%
dos entrevistados discordaram totalmente, 5,9% discordaram parcialmente, 1,9%
ficou neutro, 31,5% concordaram parcialmente e 47,2% concordam totalmente.
A presidente usou o twitter para fazer uma preleção ao país..
Diante da sentença "em briga
de mulher, não se mete a colher", 11,1% discordaram totalmente, 5,3%
discordaram parcialmente, 1,4% ficou neutro, 23,5% concordaram parcialmente e
58,4% concordaram totalmente.
De acordo com o instituto, os
demais resultados se mantêm, como a concordância de 58,5% dos entrevistados com
a ideia de que "se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos
estupros". "As conclusões gerais da
pesquisa continuam válidas, ensejando o aprofundamento das reflexões e debates
da sociedade sobre seus preconceitos", informou a nota. O levantamento ouviu 3.810
pessoas de ambos os sexos entre maio e junho do ano passado.(Folha Poder)
BLOG DO CORONEL
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