Carlos Augusto Caser fraturou a tíbia em um acidente de moto, em fevereiro.
Ele aguarda a compra de uma peça para realizar o procedimento.
Carlos Augusto espera por cirurgia desde fevereiro
(Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
Um homem de 42 anos está há 40 dias esperando para fazer uma cirurgia no Hospital São Lucas, em Vitória, no Espírito Santo.
Carlos Augusto Caser fraturou a tíbia em um acidente de moto, em
fevereiro deste ano, e desde então aguarda um fixador externo híbrido,
material que custa mais de R$ 60 mil, para realizar o procedimento. A
família do paciente entrou com uma ação judicial contra o hospital. O
diretor geral do São Lucas, Marcelo Machado, culpou o processo
burocrático de compra da peça pela demora.(Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
Carlos Augusto sofreu uma fratura complexa na tíbia em um acidente no dia 23 de fevereiro deste ano. A irmã contou que ele foi atingido por um carro enquanto voltava para casa de moto. “A senhora que o atropelou avançou o sinal. E desde então ele aguarda a cirurgia”, disse a contadora Katia Caser.
A operação já foi desmarcada três vezes. Diante da espera, a família de Carlos Augusto entrou com uma ação judicial contra o hospital. O Tribunal de Justiça do Espírito Santo intimou a instituição, na última segunda-feira (31), a realizar a cirurgia com o prazo de 48 horas, mediante multa de R$ 500 por dia de atraso. Mesmo com o vencimento do prazo, a cirurgia ainda não saiu do papel. "Estou ocupando um leito, tem gente em uma situação mais séria que a minha, precisando do leito e eu estou aqui. Não estou recebendo tratamento nenhum, estou só esperando", desabafou Carlos Augusto.
Outro lado
O diretor do Hospital, Marcelo Machado, informou que a liminar que obriga o hospital a realizar a cirurgia não chegou até ele, e explicou que a demora se deve ao processo burocrático de compra do material necessário para realizar o procedimento.
"Nós precisamos abrir um processo de licitação para realizar compras no hospital, e esse é um material caro. Como é um processo emergencial, tentamos fazer algo mais simples, mas quando fizemos a pesquisa do preço descobrimos que só uma empresa vende o material", explicou Machado.
De acordo com o diretor, a decisão pela necessidade do fixador foi tomada por apenas um ortopedista, e não uma equipe completa, o que levou o hospital a solicitar um parecer técnico mais elaborado, resultando em uma demora maior para a realização da cirurgia, mas que esse tempo maior de espera não prejudica a recuperação do paciente.
Documento obriga hospital a realizar cirurgia, mas espera continua (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
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