MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 27 de abril de 2014

Financiar imóveis com FGTS vai ficar mais barato

       

Paula Janay Alves
A TARDE

  • Luciano da Matta l Ag. A TARDE
    Medida do governo visa baratear o custo de financiamento de imóveis no País
A portabilidade de financiamentos imobiliários concedidos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que entra em vigor no próximo dia 5 de maio, pode fazer uma grande diferença no Custo Efetivo Total de um imóvel.
Uma simulação realizada pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), encontrou uma economia de quase R$ 77 mil no financiamento de um imóvel no valor de R$ 500 mil, em 30 anos.
Quando aplicada a taxa de juros de 8,66% ao ano (a.a.) da Caixa Econômica Federal, encontra-se uma prestação mensal de R$ 3.766,88. Já quando aplicada a taxa de juros de 9,20% (a.a.) do Bradesco, o valor da prestação sobe R$ 213,14 e fica em R$ 3.980,02.
A simulação foi feita com as maiores taxas de juros praticadas para este tipo de financiamento na Caixa Econômica Federal (8,66% a.a.); no Banco do Brasil (8,90% a.a.); e no Bradesco (9,20% a.a.).
O Itaú Unibanco, por meio de assessoria de imprensa, afirmou não operar com o financiamentos através de recursos do FGTS, também conhecido como "Funding FGTS".
Segundo o diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac, Miguel de Oliveira, o governo federal aprovou a portabilidade para provocar uma disputa no sistema financeiro e  reduzir os custos dos empréstimos.
"Qualquer redução nas taxas de juros, por menores que sejam, quando o consumidor troca de banco, vai significar uma enorme economia no valor total pago por este financiamento", diz Oliveira.
Vale lembrar que a taxa de juros  praticada em financiamentos imobiliários é uma negociação que observa o perfil do cliente, e pode variar de acordo com a renda e o relacionamento do cliente com o banco, o valor financiado e o tempo escolhido para o pagamento.
Regras
Aprovada pelo Conselho Curador do FGTS em março deste ano, os critérios para a  transferência dos empréstimos de uma instituição financeira para outra que cobre juros menores foram divulgados esta semana.
Nas regras publicadas pela Caixa Econômica Federal, que administra o FGTS, a transferência de um banco para outro não pode acarretar nenhum custo para o consumidor.
O regulamento permite que os bancos reduzam os juros e as taxas de administração  como forma de incentivar a portabilidade. O valor devido e o prazo para o pagamento  não podem ser maiores no banco que está propondo a portabilidade.
Também não é possível fazer a portabilidade de financiamento  para imóveis na planta. O sistema de amortização das dívidas -  prestações decrescentes (SAC) ou prestações fixas (tabela Price) - não pode ser alterado.
A transferência pode ser negada pelos bancos  caso as informações não sejam recebidas, ou caso haja problemas com os dados cadastrais fornecidos.
Todos os bancos procurados por A TARDE informaram que ainda estão adequando seus sistemas e procedimentos internos para atender às demandas de portabilidade de operações de crédito imobiliário. Nenhum dos bancos quis se pronunciar.

Portabilidade eleva chances de negociação

Antes de procurar outro banco para transferir o financiamento imobiliário, o consumidor deve tentar  renegociar a dívida com o seu próprio banco para reduzir as taxas de juros e condições. A orientação é do diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac, Miguel de Oliveira.
“Hoje as condições são melhores do que tínhamos lá atrás, principalmente para empréstimos de longo prazo. O banco não quer perder clientes. Se o banco disser que não da para mexer,  apresente as condições para outro banco”, afirma Oliveira.
Prestações
Para se proteger de taxas não previstas, vendas casadas ou qualquer outro tipo de artifício que faça com que o financiamento imobiliário fique mais caro, o consumidor deve negociar diretamente o valor da parcela mensal do financiamento. Não é permitido mudar o número das prestações e o valor total do crédito tomado.
“Na parcela é que vai passar o custo total embutido. O importante é negociar a parcela, até porque é difícil para um leigo entender todas as taxas envolvidas. Se o número da parcela for menor, mude de banco”, diz Oliveira.

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