MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 6 de abril de 2014

Feira traz novidades do mercado de chocolate no Pará


Entre as atrações da feira está o chocolate com jambu, típico do Pará.
Produtores comemoram valorização do cacau no mercado.

Do G1 PA

Festival reúne amostras da produção regional (Foto: Roberto do Vale / O Liberal)Festival reúne amostras da produção regional (Foto: Roberto do Vale / O Liberal)
Para o agricultor Jorge Takahashi, o cacau faz parte do tripé da biodiversidade do município de Tomé-Açu, no nordeste do Pará. "Temos uma diversidade entre pimenta do reino, cacau e fruticultura. Se fizermos um comparativo, tem épocas que a pimenta e o cacau rendem o mesmo valor. A cotação do cacau está boa, e vai melhorando: em 2014 já subiu 20%, está com preço de US$ 3 mil a tonelada", comemora.
A fazenda de Takahashi consegue produzir 40 toneladas de cacau por ano, mas o foco é em grãos de qualidade excepcional, que servem para fazer chocolate de alta qualidade. "Só produzimos cacau fino, e como resultado produzimos chocolate com alto percentual de cacau, que atende o mercado de São Paulo", explica o agricultor, que é um dos expositores do 2º Festival do Cacau e Chocolate da Amazônia, realizado até este domingo (6) em Belém.
"O Brasil tem uma característica única, que é a diversidade do cacau. Temos tipos diversos, que são complementares. Assim como o vinho, podemos ter chocolates diferentes, mais doces ou frutados, de acordo com o solo onde o cacau foi plantado", explica o idealizador e orgaizador da feira, Marco Lessa.
Bombom de jambu é opção para produtores de cacau do Pará (Foto: Divulgação / Emater)Bombom de jambu é opção para produtores de
cacau do Pará (Foto: Divulgação / Emater)
Novidades
Na feira, produtores do Pará e outras regiões do Brasil mostram as novidades do mercado do chocolate nacional, como os bombons de jambu desenvolvidos pela Emater de Bragança."Produzimos um doce de jambu aplicado ao tradicional bombom de chocolate, misturando em um só produto o doce e a sensação de dormência da erva", explica a tecnóloga de alimentos Brenda Zamarin
O produto não será comercializado pela Emater: em vez disso, a empresa irá repassar a fabricação para agricultores familiares da cadeia produtiva do cacau, podendo representar uma nova fonte de renda para estas famílias. "O chocolate e o jambu são encontrados facilmente e por isso são produtos que o agricultor tem acesso, permitindo a confecção de um produto que não será caro e de boa aceitação no mercado", conclui Brenda.
Segundo a especialista em chocolate Chloé Doutre-Roussel, que veio de Paris para participar como convidada do festival, a fusão do chocolate com ingredientes regionais - como o popular cupuaçu, o bacuri e agora o jambu - geram produtos com alto apelo comercial. "A idéia é boa, pois é um produto feito com ingredientes da reigão. A harmonização é uma ferramenta de marketing, uma oportunidade de introduzir o produto ao mercado", avalia.

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