Acompanhantes alegam que faltam leitos, médicos e conforto na unidade.
Secretaria afirma que futura obra no Hospital Geral resolverá problemas.
Conforme acompanhantes de pacientes, pessoastêm sido internadas nos corredores
(Foto: Arquivo pessoal)
De acordo com um dos denunciantes que tem um familiar internado no HGR, os pacientes são medicados, mas ficam internados em macas nos corredores e não recebem assistência médica contínua.
"Estou acompanhando minha mãe e desde a internação que ocorreu há cinco dias, temos ficado no corredor. No dia em que demos entrada, ela foi levada e deitada em uma maca de ferro. Fui eu que tive de limpar e colocar um colchão para dar mais conforto a ela", contou.
Outra denunciante que preferiu manter o anonimato alegou que o esposo, após sofrer um acidente, foi levado ao HGR e também ficou hospitalizado. Ela contou que eles moram em um município afastado da capital e que por isso o marido teve de ficar sem acompanhante durante o primeiro dia de internação.
"Meu marido foi trazido ao trauma do HGR, mas depois foi transferido para um corredor e, como eu ainda não havia chegado à Boa Vista, ficou sozinho. Ele disse que, mesmo pedindo ajuda aos enfermeiros, ficou o dia inteiro sem beber água e só foi ajudado por uma senhora que acompanhava outra pessoa", relatou.
Criado na década de 80, hospital foi feito paraatender à população da época: 80 mil pessoas
(Foto: Sesau/Divulgação)
A unidade já foi alvo de investigações do Ministério Público de Roraima (MPRR) e, no começo deste ano, chegou a receber recomendação para que abastecesse o setor de radiologia do HGR com filmes digitais para a realização dos exames de raio x.
Outro lado
Por meio de nota, a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), informou que há uma grande demanda espontânea nas duas entradas de urgência e emergência do HGR. Para resolver o problema, o Governo do Estado lançou um projeto de ampliação e modernização do HGR, no qual serão investidos mais de R$ 40 milhões para ampliação da unidade, que incluirá mais 40 leitos de UTI, 120 de internação e 10 salas de centro cirúrgico.
Paralelo a isso, a Coordenação-Geral de Urgência e Emergência está credenciando hospitais particulares como leitos de retaguarda clínica, de forma a complementar os serviços do Sistema Único de saúde (SUS). O credenciamento visa desafogar as duas principais portas de entrada de urgência e emergência do estado. O investimento rateado pelo Ministério da Saúde (MS) e o Estado somam R$ 600 cada leito utilizado/dia. O processo de credenciamento continua aberto.
Quanto ao quantitativo de médicos lotados no hospital, a direção do HGR informou que o número atende a demanda atual. Não existe déficit de profissionais médicos, tendo em vista escala fixa de plantão para atender a demanda. Sobre os colchões para pacientes, a Secretaria de Estado da Saúde fez aquisição de vários equipamentos e materiais, incluindo colchões para acomodar os pacientes internados.
Entrevista no Roraima TV
Nesta quinta-feira (3), o presidente do Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM/RR), Alexandre Marques, participará do jornal Roraima TV - edição do meio-dia. No programa, serão abordados assuntos relacionados a situação da saúde em Roraima.
O presidente irá esclarecer dúvidas dos internautas e telespectadores. Por isso, os internautas podem enviar os questionamentos por meio de comentários nesta matéria ou pelo e-mail g1.rr@redeamazonica.com.br.
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