Eleições 2014. Brasil, Direita Volver! Apoios, alianças e coligações interessantes. O que vem por aí?
Fotografias, discursos e postagens
nas redes sociais podem nos dar uma prévia do que vem por aí. Ninguém
gosta muito de especular sobre candidaturas, coligações e propostas. Mas
estamos ha apenas sete meses das eleições. Então, vamos lá. Tire você
suas próprias conclusões.
A já conhecida Kelma Costa, que tem
conseguido com perseverança e habilidade chamar a atenção para a questão
remuneratória dos militares, posa ao lado de Jair Bolsonaro. Notem que o
deputado está com um adesivo do Partido Militar no peito. No final do
ano passado Kelma Costa e Jair Bolsonaro estiveram em um congresso do
PMB no Rio de Janeiro, na ocasião o deputado declarou ali sua simpatia
pela proposta do novo partido. A revista Sociedade Militar estava lá, e
testemunhou tudo. Isso significa que Bolsonaro vai mudar para o PMB? É
improvável, mas é certo que o deputado é simpático a formação do novo
partido. Na ocasião mencionou-se que Bolsonaro poderia "alçar voôs mais
altos".
Na outra fotografia vemos uma reunião
do Partido Militar na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O partido,
ainda em formação, estrategicamente se aliou ao PRTB para o lançamento
de candidaturas esse ano. O presidente da área Rio, Gerson Paulo, está
com o microfone na mão, ao lado está o Sargento Feliciano, aquele que
pulou da ponte Rio Niterói protestando contra os baixos salários dos
militares. O Partido Militar tem propostas que se alinham com o
ressurgimento da direita no Brasil. Assim como Bolsonaro, defende a
redução da maioridade penal, uma ampla revisão no estatuto do
desarmamento e um estado menor, que intervenha menos na economía.
A cada vez mais frequente aparição do
PMB na grande rede e mídia impressa não é por acaso. É evidente que a
direita brasileira está se realinhando, e o PMB, mesmo sem ter ainda sua
regularização, preenche a demanda por um partido com coragem política
para declarar abertamente uma postura de enfrentamento contra a
hegemonia da esquerda. No Rio de Janeiro, Minas Gerais e vários outros
estados da federação há ampla possibilidade de que sejam eleitos vários
representantes da direita. E a sociedade deve estar atenta para que
atribua também valor ao cargo de Deputado Estadual, tradicionalmente
minimizado em importância. A cadeira em uma Assembleia Estadual, além de
ter enorme importância local, é indispensável para a formação da
bancada no Congresso. O Deputado Estadual, assim como o vereador, tem
enorme força política, ferramentas e links importantes, funcionando como
um precioso suporte local, aumentando a chance de colocar-se
representantes no Congresso Nacional.
A própria discrição e especificidades
da profissão faz com que militares permaneçam afastados da vida
pública. O que os deixa em certa desvantagem em relação aos candidatos
civís e estreita ainda mais as opções viáveis para candidaturas com real
possibilidade de alcançar vitória, e não simplesmente de pulverizar os
votos. Por isso é interessante que a sociedade de cada estado se alinhe
em torno dos poucos nomes ligados à direita.
Os partidos ainda mantém em sigilo os
nomes que serão lançados, e como a propaganda eleitoral só pode começar
em julho teremos que aguardar mais um pouco até saber com certeza quem
serão os candidatos. Nessa história do PMB com o PRTB a única coisa
realmente certa é que Levy Fidelix deve ser o candidato à Presidente.
Mas, como dissemos, nada nos impede de especular quanto aos outros
candidatos. É um direito.
Robson A.D.S. – http://sociedademilitar.com.br
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