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| Presidente Dilma Rousseff (PT) discursa durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR) |
A
presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (16) que não
permitirá que a Copa do Mundo de 2014 seja "contaminada" por eventuais
episódios de violência e prometeu "segurança pesada" durante o período.
Ela
fez o comentário logo depois de se referir a investimentos relacionados à
Copa do Mundo, em discurso dirigido a ministros e empresários durante a
42ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o
apelidado "Conselhão", no Palácio do Planalto.
De
acordo com a presidente, obras em aeroportos e mobilidade urbana não são
somente para a Copa, que, segundo afirmou, exige também um
"aperfeiçoamento imenso" em segurança pública.
Ela
afirmou que o governo colocará em operação durante a Copa um esquema de
"segurança pesada", integrado por Polícia Federal, Polícia Rodoviária
Federal e Forças Armadas.
"Não
há a menor hipótese de o governo compactuar com qualquer tipo de
violência. Não deixaremos em hipótese alguma a Copa ser contaminada",
declarou.
Ela
ressaltou também a parceria com os governos dos estados, com os quais
estão sendo realizadas "reuniões sistemáticas" sobre questões
relacionadas à Copa.
Na
avaliação de Dilma, a Copa é importante porque haverá uma exposição do
Brasil em outros países. "A gente sabe perfeitamente, os senhores
também, o que seria se a gente fosse pagar um sistema de propaganda que
fosse similar a esse que a Copa vai nos dar, na abertura, em todos os
seus jogos, olhando todas essas 12 cidades", justificou.
Reforma política
Dilma voltou a defender uma reforma política que altere o sistema eleitoral e disse considerar "ilusório" acreditar que isso ocorrerá sem participação popular. "É ilusório supor que nós chegaremos a uma reforma política sem consulta popular. Você pode chegar a uma variante, mas não a uma reforma política que eu acredito necessária para o país."
Dilma voltou a defender uma reforma política que altere o sistema eleitoral e disse considerar "ilusório" acreditar que isso ocorrerá sem participação popular. "É ilusório supor que nós chegaremos a uma reforma política sem consulta popular. Você pode chegar a uma variante, mas não a uma reforma política que eu acredito necessária para o país."
Em
seu discurso de mais de uma hora para uma plateia formada por ministros,
empresários e representantes da sociedade civil, Dilma afirmou que o
governo teve um "efetivo insucesso" ao enviar para o Congresso Nacional
sua proposta de reforma. Mas disse acreditar que, assim como no
movimento das Diretas Já, que não teve um êxito imediato, todas as
movimentações "nos aproximaram dessa necessária transformação que é a
reforma política no país".
A presidente se disse convicta de que "uma transformação dessa natureza" requer a mobilização da sociedade inteira.
"Ela
tem de ser algo do qual nenhum de nós abra mão. E não só o governo.
Porque o governo manda a proposta. O governo, em muitos momentos, não
tem correlação de forças para aprová-las. Para se ter correlação de
forças para aprovar, é óbvio que a sociedade, nas suas diferentes
instâncias, tem que se manifestar", sustentou.
O
ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, fez o discurso de abertura
da 42ª Reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e
informou que o governo tem a intenção de fortalecer o órgão e fazer
reuniões mais frequentes. Ele anunciou que a próxima reunião será na
quinta-feira da última semana de maio.
Esta é a sexta reunião do conselho realizada no governo da presidente Dilma Rousseff e a primeira sob o comando de Mercadante. O tema principal foram os desafios relativos à mobilidade urbana.

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