Evento ocorreu neste fim de semana na comunidade indígena Raposa I.
Concurso da menor panela de barro integrou a programação da festa.
Festejo da Panela de Barro estímula a produção do artesanato (Foto: Valéria Oliveira/ G1 RR)
Pensando em preservar e valorizar a cultura local, os indígenas da
Comunidade Raposa 1, na terra indígena Raposa Serra do Sol, realizaram
neste fim de semana a 'Festa da Panela de barro - Ko' Ko Non'. Durante a
festividade, foram realizados bingos, apresentações culturais e o
concurso da menor panela de barro. Comunidade fica localizada da região
de Normandia.Em sua segunda edição, a festa 'Ko Ko Non', que em macuxi quer dizer 'Vovó Barro', reuniu mulheres, crianças e visitantes de outras comunidades e municípios interessados em adquirir e conhecer as panelas de barro produzidas na região.
Apresentação de dança parixara por crianças da comunidade marcou o evento (Foto: Emily Costa/ G1 RR)
De acordo com Gabriel Raposo, líder da comunidade, a produção das
panelas de barro é feita desde a época de fundação da vila, o que teria
ocorrido por volta de 1870, e por isso o evento é significativo para os
indígenas, pois ajuda a preservar a cultura"Estamos ensinando as crianças a fazer artesanatos com o barro para que a nossa cultura não se perca com o passar dos anos, e a festa ajuda a estimular isso ainda mais", contou Raposo.
Uma das mais tradicionais produtoras de panelas da região, Yolanda da Silva, destacou que o dinheiro arrecadado com a venda dos artesanatos será entregue aos artesãos e também utilizado para a construção de um novo centro comunitário para fabricação e exposição das panelas.
"O atual centro de artesanato fica muito úmido quando chove e isso prejudica a fabricação . Por isso estamos trabalhando para construir um novo local e beneficiar as produtoras e alunos do centro", explicou Yolanda.
Na premiação da menor panela de barro, o adolescente Jorgiel Silveira, de 13 anos, obteve o primeiro lugar com a criação de uma minipanela. Ele contou que foi desafiado por uma professora que propôs aos alunos que fizessem o menor artesanato com barro.
"A professora perguntou quem seria capaz de fazer a menor panela de barro e eu aceitei o desafio", narrou Silveira acrescentando que levou menos de uma hora para concluir a obra.
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