As principais
preocupações das autoridades olímpicas referem-se ao Complexo Esportivo
Deodoro, que abrigará 11 modalidades nos Jogos, e ao campo de golfe
A pouco mais de dois anos para os Jogos
Olímpicos-2016, no Rio de Janeiro, o COI (Comitê Olímpico Internacional)
mostra-se bastante preocupado com o andamento das obras destinadas à
realização do evento. Em entrevista ao jornal “The Ney York Times”,
nesta sexta-feira (11), Francesco Ricci Bitti, membro da Comissão de
Coordenação da Olimpíada-2016 que atua sob supervisão do COI, presidente
da Associação das Federações Internacionais Olímpicas de Verão e da
Federação Internacional de Tênis, afirmou que o sinal de alerta emitido
pelas autoridades é fundamental para evitar um cenário ainda pior.
“Talvez estejamos sendo vistos como os “boys' neste
momento, mas somos os aliados mais importantes dos organizadores
brasileiros. O cronograma está muito, muito atrasado, e poucas
federações estão confiantes de que tudo aquilo que foi prometido será
entregue.” Após uma série de críticas de federações internacionais ao
estágio das obras para a Rio-2016, o COI anunciou, na última
quinta-feira, uma intervenção nos trabalhos de preparação do evento.
As principais preocupações das autoridades olímpicas
referem-se ao Complexo Esportivo Deodoro, que abrigará 11 modalidades
nos Jogos, e ao campo de golfe. Depois da pressão da entidade, foi
definida a data de publicação do edital de licitação para o complexo:
dia 17 de abril. As obras deveriam ter começado no ano passado.
“Obviamente não é um prazer enviar esta mensagem forte, mas estamos com
medo de que os atrasos se agravem por causa da Copa do Mundo e das
eleições”, disse Bitti ao “The New York Times”. “O governo precisa se
mover.
A comissão organizadora tem um fluxo de caixa muito
menor do que eles precisam”, acrescentou. Para Michael Payne, ex-diretor
de marketing do COI, a situação encontrada no Rio de Janeiro é uma das
piores crises com as quais a entidade se deparou em relação à entrega da
Olimpíada. “A última vez que tivemos uma crise com este nível de
impacto sobre os Jogos foi nos boicotes de 1980 e 1984, em Moscou e Los
Angeles, respectivamente.”
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