Ato público pede o fim da violência contra a juventude negra em Alagoas

Com faixas e cartazes, grupo percorreu a orla de Maceió.
Segundo o Ipea, estado é o mais violento para negros no país.

Do G1 AL

Com o objetivo de chamar atenção da sociedade alagoana para a violência contra negros no estado, estudantes realizaram, na manhã deste domingo (13), uma passeata na orla de Maceió. O ato, que reuniu representantes de três instituições de ensino superior da capital, recebeu o nome de “Somos tod@s Cláudia”, em memória à Cláudia Silva Ferreira, morta e arrastada por policiais no Rio de Janeiro.
Com faixas, cartazes, e a participação da banda afro Gurugumba de Viçosa, os manifestantes percorreram a orla de Maceió.

Com faixas e cartazes, estudantes percorreram a orla de Maceió (Foto: Jonathan Lins/G1)

“Esse ato, organizado pelo Instituto Raízes da Africa, tenta visibilizar a questão negra neste estado, onde se tem o maior número de mortes de jovens negros. Somos o berço da liberdade negra no país, e contra isso, temos esse índice de criminalidade”, explicou a professora Arísia Barros.
De acordo com a estudante universitária Thayane da Silva, 20, esse tipo de evento é uma tentativa de atrair a população para a questão da violência e do preconceito. “Estamos na luta contra essas questões. Com cada um contribuindo, isso pode ser realizado”, disse.

Ato tentou chamar atenção da sociedade para a violência no estado. (Foto: Jonathan Lins/G1)

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou, em 2013, Alagoas como o estado mais violento para negros no país, onde há a maior perda de expectativa para homens da etnia ao nascer em razão da violência.