MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 26 de abril de 2014

Após acionar seguro, mulher tem carro consertado com peças velhas


Consumidora pagou franquia e reparo deveria ter sido com itens novos.
Lei garante que clientes de seguradoras em MS escolham as oficinas.

Gabriela Pavão Do G1 MS

Cliente de seguradora comemora lei que dá direito de escolha da oficina (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)Cliente de seguradora comemora lei que dá direito de escolha da oficina (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)
Um acidente de carro causou mais transtornos do que a comerciante de Campo Grande Claudia Tereza Vasconcelos Lani, 39 anos, podia imaginar. Ela pagou franquia, levou o veículo na oficina determinada pela seguradora e depois descobriu que o conserto foi feito com peças velhas. Foram 20 dias a pé até que o problema fosse resolvido. Uma lei estadual publicada nesta na quinta-feira (24) deve evitar esse tipo de situação.
"Eu precisando do carro, confiando na seguradora e na oficina e, quando eu recebo o carro de volta e levo para a revisão programada na concessionária, descubro que as peças tinham que ser trocadas de novo", relata.
O problema, segundo Cláudia, ocorreu na empresa responsável pelos reparos. Ela conta que a seguradora apresentou comprovantes de que itens novos haviam sido comprados e entregues à mecânica.
Transtornos
A comerciante relata que o filho dela estava conduzindo o carro em uma estrada sem asfalto em Camapuã quando pedras danificaram parte da lataria, do ar-condicionado e do motor do carro. O seguro mandou um guincho para rebocar o veículo diretamente até uma oficina em Campo Grande. Cláudia foi buscar o automóvel vinte dias depois e, ao ligar o ar-condicionado, escutou barulho no motor.
O rapaz da concessionária disse que não é a primeira vez que acontece isso com cliente e geralmente é com mulher"
Claudia Tereza Vasconcelos Lani
"Levei de novo na oficina, já que estava na garantia, e lá eles me falaram que uma mangueira tinha soltado e que se eu continuasse rodando com o carro poderia fundir o motor", lembrou. Houve então um segundo reparo e a comerciante passou a rodar normalmente.
Menos de um mês depois, a consumidora procurou uma concessionária para a revisão programada. "O rapaz me deu uma lista de quatro peças que eu teria que trocar", relata. Para o espanto da mulher, eram os mesmos itens que ela acreditava terem sido colocados na mecânica.
"Peguei esse documento [lista] e levei na seguradora, onde me informaram que as peças haviam sido compradas [novas] e entregues à oficina", conta. Desconfiada da situação, a empresa de seguros fotografou o veículo e acionou a mecânica, que alegou ter havido um engano no conserto.
"Tive que levar o carro lá [na oficina] de novo e falei que estava de olho neles, que depois do serviço eu iria levar o automóvel de novo na concessionária para conferir se as peças foram trocadas", afirmou.
Foram mais dois dias sem veículo. "Então o carro ficou bom. O rapaz da concessionária disse que não é a primeira vez que acontece isso com cliente e geralmente é com mulher. Muita falta de respeito. Se antes eu já desconfiava, agora vou ficar mais atenta ainda", garante.
Troca das peças custaria cerca de R$ 800 (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)Troca das peças custaria cerca de R$ 800
(Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)
Direito do consumidor
Com a lei estadual 4.524/2014, os clientes de seguradoras poderão escolher onde querem ter os veículos consertados. O mesmo vale para terceiros envolvidos em acidentes com pessoas seguradas.
O texto diz que o direito envolve qualquer tipo de oficina de automóveis, seja mecânica, de lanternagem, de pintura, de recuperação e limpeza de interior ou outras do gênero, desde que legalmente constituída como pessoa jurídica.
As empresas não poderão criar qualquer obstáculo, fazer tratamento diferenciado em razão do exercício de escolha e impor qualquer tipo de relação de oficinas que limite o direito de escolha do segurado ou do terceiro como condição para o conserto dos veículos. Quem desrespeitar a lei está sujeito a sanções administrativas.

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