Bloco desfilou na noite de sábado (1º), quarto dia da folia em Salvador.
'O Ilê fez despertar o sentimento de negritude nas pessoas', diz Vovô do Ilê.
Ilê Aiyê desfilou neste sábado (1º), em Salvador (Foto: Max Haack/Ag Haack/Agecom)
São quarenta anos de luta e resistência que o Ilê Aiyê comemora no
carnaval de 2014. Com o tema “Do Ilê Axé Jitolu para o Mundo – Ah se não
fosse o Ilê Aiyê”, o bloco desfilou pelas ruas da Liberdade, em
Salvador, na noite deste sábado (1º). Por volta das 23h15, uma queda de
energia foi registrada na região da Senzala do Barro Preto, mas não
atrapalhou o desfile do "mais belo dos belos"."O Ilê fez despertar o sentimento de negritude nas pessoas”, disse Antonio Carlos, o Vovô do Ilê. Para ele, a comemoração é muito importante para a cultura afro na Bahia. Já a Deusa do Ébano 2014, Cynthia Paixão, ressalta que a luta pela afirmação negra ainda está no começo. “São 40 anos de resistência e uma trajetória muito importante, mas faltam algumas conquistas”, finaliza.
Antigamente, essa cultura era negada pelas outras entidades carnavalescas da cidade, onde não eram permitidos a participação de afrodescendentes. Hoje, o Ilê é reverenciado por manter as tradições culturais oriundas da África.
O bloco é comandado pela Band’Aiyê formada pelos cantores Iracema Kiliane, Jiauncy, Iana Marucha, Marcos Costa e Juarez Mesquita, tendo como maestros Marivaldo Paim, Mario Pam e Carlos Kheindê.
Marildo Lima, um dos compositores da música "Negras Perfumadas", sucesso da banda, afirma: "O amor pela entidade me faz escrever letras para o grupo".
Cynthia Paixão, deusa do Ébano 2014 (Foto: Foto: Max Haack/Ag Haack/Agecom)
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