Instituição foi alvo da operação Sangue Frio em 2013.
Média de procedimentos também aumentou nos primeiros meses de 2014.
A professora aposentada Geisa dos Santos passa pelo tratamento contra a doença há oito anos. Ela afirma que, nos últimos meses, percebeu mudanças no atendimento do hospital. "Você chega, você é atendida, depois você é guiada para o saguão, depois você é chamada pra cá, o horário que você chega é anotado, quer dizer, ninguém passa na sua frente. Então tem tudo isso, eles têm esse cuidado pra você não ficar muito tempo aqui dentro do hospital", relata.
O diretor clínico do hospital, Cezar Augusto Vendas Galhardo, diz que uma das medidas adotadas recentemente no hospital, foi a padronização nas linhas de tratamento contra o câncer."Cada caso é um caso, então se a gente tiver que mudar alguma coisa, a gente tem liberdade para isso.mas em linhas gerais, a gente tenta pegar os melhores resultados, com a melhor sobrevida, e ver qual foi o tratamento que teve esse melhor resultado", explica o diretor.
Para reduzir os gastos com medicamentos, o HC passou a fazer parte de um sistema de compras pela internet, em que a instituição coloca os nomes de remédios que precisam ser comprados e os fornecedores fazem ofertas de preços e prazos para pagamento. O hospital pode escolher as melhores propostas.
Segundo o diretor financeiro do hospital, a medida gerou uma economia de 30% nos gastos com os medicamentos.
Investigação
As irregularidades do Hospital de Câncer Alfredo Abrão vieram à tona durante as investigações feitas pelo MPE e também pela PF e CGU. Em 2009, uma auditoria do Ministério da Saúde encontrou outras situações ilegais na instituição, como o pagamento para tratar pacientes que já haviam morrido. A suspeita é que o HC tenha monopolizado o tratamento da doença em Campo Grande para beneficiar pessoas e empresas com o desvio de dinheiro público.
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