Publicado por Silvag1 em REVOLTA BRASIL
Por Ronaldo Sérgio Abreu da Costa
Estamos vivendo um momento crucial da história do Brasil. Com a proximidade da data de 31 de março, aniversário dos 50 anos do histórico 31 de março de 1964, data em que os militares das FFAA, conjuntamente, assumiram o comando político do Brasil, vivemos atualmente – em razão do que esta data representa – momentos de uma tensão social, decorrente da guerra de fundo ideológico, guerra esta travada através das mídias existentes – principalmente a internet –, e que nesse embate, fatos e acontecimentos são escamoteados, de forma proposital. E assim, necessário fazer o resgate desses acontecimentos deixados de lado, pois que importante para o Povo brasileiro como um todo.
Por outra, antes de se adentrar no objeto da presente, curial destacar o seguinte:
Por primeiro, necessário dizer que não se tem a pretensão de contar ou reescrever a história do Brasil no período assinalado – longe dessa ideia! Como dito acima, visa tão somente destacar acontecimentos deixados de lado, e assim, visando o enriquecimento e o fortalecimento das instituições democráticas brasileiras, que por assim dizer, ainda estão com vida na tessitura brasileira.
Por segundo, impende dizer, ainda, que a presente manifestação não é política-partidária; entretanto, não se trata de uma manifestação apolítica; ela é SIM política, na medida em que defende os interesses do Brasil e a Cidadania; sendo esta, a cidadania, o interesse maior, o fim em si da razão de existir do Estado; ou seja, o Estado servo.
E, por terceiro, a DEMOCRACIA, a forma ideal de organização do poder político, posto que a democracia é, acima de tudo, o espaço (macro e micropolítico) onde é possível a coexistência dialética das diferenças.
Isto dito, passemos ao objeto do presente escrito:
1) O discurso da dita Esquerda brasileira, referente ao período dos governos militares, é comum:
a) Se apresentarem, hoje, como combatentes da liberdade (freedom-fighter), como se tivessem lutado contra os Governos militares na defesa da democracia no Brasil – ledo engano, conforme adiante exposto.
b) Sobre a luta armada, falam de forma superficial, sem aprofundar e informar os porquês de suas ações armadas; a título de exemplo, a indagação: o que foi a VAR-Palmares, o Colina, MNR, MR-8, PCBR, MOLIPO, POC, entre outras organizações daquela época, engajadas na luta armada daquela época?
c) E quanto aos personagens que atuaram na luta armada daquela época – que se auto intitulavam guerrilheiros – vige, hoje, a política de blindar o passado em que atuaram nessa luta armada em questão; e como exemplo, cite-se a da atual presidente, Sra. Dilma Rousseff, que pouco ou quase nada se sabe da sua atuação na luta armada. Quanto a denominação guerrilheiro, é bom frisar que existe uma diferença substantiva entre o guerrilheiro e o terrorista.
d) Por outra, quanto as vítimas das ações armadas dos militantes da Esquerda, simplesmente existe um abissal silêncio eloquente; ninguém fala nada; é como se não tivessem existido vítimas; mas elas existiram, SIM, e muitas foram civis.
e) Entretanto, em contrapartida da escassez de fatos pertinentes à ação da luta armada, procuram suprir o imaginário coletivo com fatos atinentes aos atos de tortura praticados pelos militares daquela época.
2) Agora, vejamos os fatos que por ação ou omissão são deixados a margem da história:
a) Os grupos da Esquerda armada no Brasil (entre outras, cita-se VAR-Palmares, o Colina, MNR, MR-8, PCBR, MOLIPO, POC) nunca teve compromisso algum com a democracia. A sua luta contra o Regime Militar, que vigeu no Brasil de 1964/1984, NÃO era pela DEMOCRACIA, e, SIM, lutavam para implantar, no Brasil, uma DITADURA de viés marxista-leninista. Os integrantes dessa Esquerda, fundados nas teses marxistas-leninistas, nunca tiveram nenhum apreço ou respeito pela democracia; e na atualidade, apenas toleram a democracia, porque AINDA não puderam derrogá-la, e implantar, EFETIVAMENTE, uma ditadura aos moldes da ditadura de uma Cuba, ou das ex-Repúblicas soviéticas.
b) Quanto a tomada do Poder político pelos militares das FFAA, em 31 de março de 1964, se a natureza foi de golpe, de revolução, ou contrarrevolução, certo é que havia o temor de que o Brasil viesse a se transformar em uma ditadura socialista similar a de Cuba. Apesar de a Esquerda brasileira negar, os fatos ao longo destes 50 anos mostram que o receio da época não era infundado, tanto que a militância política da Esquerda não foi em prol da democracia, e sim, como já dito, sua militância tinha por finalidade única, implantar, no Brasil, a ditadura de viés marxista-leninista – isto é FATO.
c) Por outra, nestes 12 anos de Governo PT – um legítimo representante da Esquerda brasileira –, os seus atos demonstram que não existe nenhum apreço pela democracia; apenas o que existe, como já dito, é uma relação de tolerância – aliás, faz parte da estratégia do seu projeto de poder político –; tolerância posto que AINDA não podem efetivamente derrogar a democracia, e implantar em seu lugar uma ditadura aos moldes da que existe em Cuba.
d) Curial destacar – chega a ser até uma piada de tão ridícula que é a contradição existente entre o discurso e a prática – o seguinte:
i) Apesar de todo o estardalhaço que faz esse Governo do PT no que diz respeito a violação dos Direitos Humanos, tanto na atualidade, como, principalmente, durante o período dos Governos militares, ele (leia-se PTralhas & CIA) sempre estiveram (e efetivamente estão) alinhados com uma das mais cruéis e sanguinária ditadura que a História da Humanidade registra, que é a Ditadura de Cuba, sob o comando da dinastia Castro.
ii) Comissão da “Verdade”: esta é a cerejinha deste bolo indigesto a que me refiro – o discurso demagogo dessa esquerda que está aí. Pasmem!!! Criar uma Comissão para apurar as violações dos direitos humanos praticados pelos Governos militares no período em comento, mas excluída da investigação as praticadas pela Esquerda brasileira! Por que? Qual a razão?
iii) Ainda sobre o subitem infra, em hipótese alguma se está contra a apuração das atrocidades praticadas por agentes estatais em seres humanos, sejam eles criminosos ou não. Sucede que, apesar de a lei que criou a dita comissão, sugerir, formalmente, o interesse público, o que de fato objetiva é o revanchismo. Por oportuno, curial destacar o que diz o jornalista Leandro Narloch: “Na historiografia de muitos episódios, o retrato de vítimas frequentemente se confunde com o de heróis. Se um personagem foi vítima de atos horríveis, fica muito fácil enquadrá-lo como um grande homem, ainda que não tenha protagonizado feitos memoráveis ou mesmo sensatos. Dependendo de quanto sofrimento o personagem passou, a memória coletiva apaga até bobagens e atos perversos que ele cometeu. Um exemplo é a imagem que ficou do Japão depois da Segunda Guerra Mundial. Se o país não tivesse levado duas bombas atômicas, seu nacionalismo radical e suas crueldades durante a guerra teriam muito mais ressonância hoje em dia. Um efeito similar acontece com os guerrilheiros comunistas que lutaram contra a ditadura de 1964. O regime militar torturou pelo menos 2 mil pessoas, com choques, empalações, palmatórias nos seios das prisioneiras, entre outras selvagerias. A tortura resultou em loucura e morte de vários investigados – alguns deles sem ligação com a militância de esquerda. Essa violência, que partiu do Estado, justamente a instituição que deveria zelar pela segurança dos cidadãos e assegurar a eles os direitos humanos, teve mais uma consequência. Deu aos grupos de luta armada um escudo anticríticas. Hoje, é politicamente incorreto lembrar que os guerrilheiros comunistas estavam estupidamente errados e eram tão violentos e autoritários quanto os militares. Por sorte, não é preciso defender torturas e assassinatos políticos para lembrar algumas verdades sobre a luta armada no Brasil.”[1]
e) Uma questão de vital importância, seguinte: os militares das FFAA atendendo o clamor de seguimentos da sociedade (‘marcha da família’) assumiu à força o comando político do Brasil, tendo como motivo principal a ameaça da implantação no Brasil de uma ditadura comunista pela Esquerda brasileira, através de golpe revolucionário, como o ocorrido em Cuba, por Fidel Castro, em 1959. Pois bem, independente das divergências quanto aos motivos que levaram a ação dos militares em 1964, certo é que assim como assumiram o comando político do Brasil em 64, atendendo o clamor de seguimentos da sociedade brasileira (tanto que foram recebidos com festa pela sociedade brasileira da época), certo é que quando a sociedade brasileira exigiu a saída dos militares (Movimento da ‘Diretas já’), eles obedeceram e entregaram o comando político do Brasil a quem a sociedade civil indicou, e se retiraram sem ser preciso que houvesse o derramamento de sangue, como o que está acontecendo, atualmente, na República Bolivariana da Venezuela, sob o comando do regime ditatorial do assassino Nicolás Maduro. Isto é FATO!
Agora, imaginemos que a Esquerda brasileira tivesse chegado ao poder político do Brasil (1964), e implantado uma ditadura de viés marxista-leninista, aos moldes do que ocorreu em Cuba, e praticado nos 20 anos seguintes, toda a sorte de cerceamento de direitos, do tipo, prisões, tortura, execuções sumárias e em massa (‘paredon’), como de fato ocorreram em Cuba, e nas ex-Repúblicas soviéticas, atrocidades estas perpetradas pelos genocidas Lenin, Stalin, e Fidel Castro. Pois bem. PERGUNTO:
i) Neste contexto, seria possível a sociedade civil se organizar em um movimento cívico-popular e exigir a saída da Esquerda e efetiva entrega do comando político do Brasil, aos moldes do que ocorreu no movimento das ‘Diretas já’? Insisto na pergunta: ISTO SERIA POSSÍVEL???
ii) Vamos mais além. Imaginemos que a sociedade brasileira, a duras penas, conseguisse efetivar a mobilização e exigir a saída da Esquerda brasileira do comando político do Brasil. Pergunto: Obedeceriam as exigências? Entregariam o comando do poder político do Brasil, como fizeram os militares das FFAA, quando da mobilização cívico-popular da sociedade brasileira, através das ‘Diretas já’? Tenho as minhas dúvidas, e sinceramente, não acredito que em um contexto desses, a Esquerda tivesse uma conduta igual a que tiveram os militares das FFAA brasileiras; até porque, uma conduta desta envergadura, envolve e requer HONRA!
3) Por fim, encerro a presente manifestação, com o seguinte dizer:
a) Independente dos erros lamentáveis, e citados na presente manifestação, e que não se justificam, certo é que graças a firme ação dos militares, em atendendo o chamado da sociedade civil, saíram de seus quartéis, e assumiram o comando político do Brasil, múnus público este para o qual, pela sua formação institucional, não são talhados para o seu exercício. E, abaixo de Deus, é graças a eles, militares das FFAA, que hoje, 50 anos decorridos do histórico 31de março de 1964, eu, você que me lê, e toda a Nação brasileira, ainda respiramos LIBERDADE!
b) Por isso, no dia 31 de março do corrente ano saiamos todos às ruas, NÃO para pedir intervenção militar (Pô, será que ainda não amadurecemos enquanto Povo?), e, SIM, para lembrar esta importante data, e homenagear as FFAA do Brasil, que apesar dos erros cometidos, HONRARAM a farda que usam, e assim, dignificaram a Nação Brasil.
c) Assim, no dia 31 próximo, que será uma 2ª feira, saiamos às ruas vestidos das cores da nossa bandeira brasileira; mesmo sendo indo para o trabalho, vistamos as cores da festa e da alegria, e prestemos nossas homenagens as FFAA do Brasil. Ponha as cores do Brasil: fitinha, bandeira, enfeite a sua casa, seu carro, moto, bicicleta, enfim, vista-se com o espírito de festa e comemoração.
d) O Governo PTralha Dilma Rousseff, através do Ministro da Defesa, já mandou o recado aos militares que ela não quer manifestação por parte dos militares. Tudo bem, não surpreende tal conduta. Mas, nós podemos fazer a festa e as homenagens pertinentes.
e) Por fim, DIVULGUE… COMPARTILHE. Vamos fazer uma grande corrente e festejar e comemorar esta data.
[1] Narloch, Leandro. Guia politicamente incorreto da história do Brasil. São Paulo: Leya, 2009, p. 267/8.
Nenhum comentário:
Postar um comentário