Amigas se organizaram para fazer doações ao Hospital do Câncer de PE.
Campanha já reúne mais de 25 voluntárias.
A dona de casa Luiza Buarque estava há quase 50 anos sem cortar o cabelo e resolveu doá-lo(Foto: Katherine Coutinho/G1)
Moradora do bairro do Cordeiro e mãe de sete filhos, Luiza Buarque se emocionou ao ver na televisão a alegria de mulheres com câncer que receberam perucas feitas com cabelos doados. “Eu percebi que, se fosse para cortar, seria assim, para doar. Já me ofereceram dinheiro e eu não quis. Fiquei só esperando a oportunidade”, conta a dona de casa, que era só alegria com o novo corte. “O cabelo pesava muito”, explica.
Cabelereiros voluntários cortam os cabelos de quem querdoar (Foto: Katherine Coutinho/G1)
Neste domingo, três cabelereiros voluntários se reúnem no salão de festas do prédio da maquiadora. “Eu pensei primeiro em mandar para São Paulo, mas então lembrei do Hospital do Câncer daqui. Consegui entrar em contato com eles e fiquei sabendo que tem duas voluntárias e uma paciente que fazem as perucas, nós só estamos marcando o dia para poder levar para eles”, conta.
Acostumados a fazer por vezes mega hair, os cabelereiros prendem os cabelos com elástico para as madeixas já ficarem prontas. Tendo trabalhado na semana passada com Karla, o cabelereiro Gleidson Albérico voltou nesta semana para mais uma rodada de cortes. “Eu cortei de algumas clientes essa semana também e vou trazer para doar. Sempre gostei de ajudar, todo mundo agora que quer cortar eu pergunto [sugere a doação]”, explica o cabelereiro.
Amanda Tereza era daquelas que chorava para cortar ocabelo (Foto: Katherine Coutinho/G1)
A cabelereira Rita Danyelle está acostumada a participar de ações sociais, mas ficou emocionada de ver o desprendimento de algumas das voluntárias, como a da dona de casa. “A gente trabalha realizando sonhos, é muito bom poder trazer a felicidade dessa outra forma, ajudando outras pessoas”, defende.
Rose e a filha Maria Júlia mostram o cabelo doado(Foto: Katherine Coutinho/G1)
Esse mesmo espírito foi o que moveu as amigas Bárbara Campos e Edlly Lima. As duas tinham costume de ficar mexendo no cabelo, mas resolveram doar. Foram juntas, uma dando força a outra para não desistir. “É como em um texto que estava lendo nessa semana, muitas vezes a felicidade está em poder ajudar o outro”, acredita Bárbara.
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