General de Brigada vê na marcha da família uma contribuição importante e convoca
toda a sociedade esclarecida para ostentar publicamente sua posição. O General
Paulo Chagas é um dos primeiros militares a se manifestar publicamente sobre o
movimento marcado para o dia 22 desse mês.
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Caros
amigos
A debacle da Suprema Corte, desmoralizada por arranjos
tortuosos que transformaram criminosos em vítimas da própria justiça, compromete
a crença dos brasileiros nas instituições republicanas e se soma às muitas
razões que fazem com que, com frequência e veemência cada vez maior, os Generais
sejam instados a intervir na vida nacional para dar outro rumo ao movimento que,
cristalinamente, está comprometendo o futuro do Brasil.
Os militares em reserva se têm somados aos civis que
enxergam em uma atitude das Forças Armadas a tábua da salvação para a Pátria
ameaçada, quando não são eles próprios os alvos do clamor daqueles que já
identificam nas imagens dramáticas da capital venezuelana a cor fúnebre do nosso
destino.
Ao exercerem seu direito legal de opinar e criticar, os
militares da reserva diferem entre si na forma, na intensidade e na oportunidade
de uma eventual intervenção militar que venha a dissuadir as pretensões mais
ousadas dos dissimulados adeptos da versão “bolivariana” do comunismo de sempre,
todavia, são coincidentes e uníssonos no rebatimento de acusações mentirosas
que, divulgadas de forma criminosa, visam a criar na sociedade o receio de ter
os militares como fiadores da democracia.
Entre os civis esclarecidos é fácil perceber a confiança
no discernimento e no patriotismo dos soldados. Todos querem que os Generais
“façam alguma coisa”, mas, ainda são poucos os que se dispõem a fazer o que está
ao seu alcance. Poucos são os que adotam atitudes concretas e manifestam-se
pública, individual e coletivamente, em defesa dos governos militares,
escrevendo para os jornais ou protestando contra a hipocrisia e as más intensões
das “comissões da verdade”.
No momento atual, a causa da democracia não dispensa o
concurso de ninguém. Seria portanto uma importante contribuição se todos os
civis que têm as Forças Armadas como última razão da liberdade e a garantia dos
fundamentos constitucionais pusessem suas opiniões a público, em artigos,
manifestações, textos, “cartas do leitor” e outros recursos do gênero e não
apenas em comentários restritos à leitura dos poucos profissionais da mídia que
ainda ousam remar contra a correnteza ou dos escribas de mídias sociais que,
mesmo comprometidos com a causa, têm apenas seu limitado e débil sopro para
tentar enfunar as velas da embarcação.
A opinião pública está dispersa, contudo não é difícil
identificar o que rejeita. Também não é fácil definir com quem está e o que
quer. Falta-lhe um "norte confiável". As pessoas de bem, informadas, estão com
medo do futuro, acuadas até para reagir e para manifestarem-se pacificamente.
Não basta, portanto, pedir uma atitude dos militares, é preciso que os civis
esclarecidos e convencidos do perigo ostentem massivamente suas posições e
opiniões e que contribuam para magnetizar a agulha que definirá o novo rumo a
ser tomado.
As “Marchas da Família com Deus Pela
Liberdade”, programadas para o mês que inicia, são um bom
começo para esta soma de esforços e para reafirmar o que, há cinquenta anos, fez
com que o Brasil fosse visto e admirado como a “Nação que salvou a si
própria”!
Gen Bda Paulo Chagas
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