MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Governo do PT é 'leniente' com a inflação, diz Aécio em São Paulo


Senador mineiro participa de evento da Força Sindical nesta quarta (1º).
Tucano se disse contrário à proposta de indexar salário mínimo à inflação.

Roney Domingos e Rosanne D'Agostino Do G1 São Paulo

Aécio Neves discursa durante evento da Força Sindical em São Paulo. (Foto: Caio Kenji/G1)Aécio Neves discursa durante evento da Força Sindical em São Paulo. (Foto: Caio Kenji/G1)
O senador mineiro Aécio Neves afirmou nesta quarta-feira (1°) que o governo Dilma Rousseff trata com "leniência" a inflação e que o problema é um "fantasma que volta a rondar a mesa dos brasileiros".
Aécio, um dos nomes do PSDB cotados para disputar a Presidência da República em 2014, fez as declarações na chegada à festa de 1º de Maio organizada pela Força Sindical, na Zona Norte de São Paulo. O senador também deve discursar no evento.
"O governo não tratou com tolerância zero a inflação", afirmou Aécio. "É leniente desde que votou contra o Plano Real apresentado pelo governo Fernando Henrique. Não há uma meta real a meu ver, há uma meta virtual."

Segundo Aécio, a alta da inflação "pune os mais pobres". "O impacto da inflação de alimentos está em torno de 14% nos últimos 12 meses. Portanto, a maior das conquistas dos brasileiros está sendo colocada em risco pelo governo do PT com a leniência com a inflação", afirmou.
 O tucano disse ainda ser contrário à proposta das centrais sindicais de indexar o salário mínimo à inflação. "Esse tema volta à discussão exatamente porque o governo do PT vem perdendo o controle sobre a inflação. Não sou a favor da indexação."

Aécio também defendeu a criação de empregos mais qualificados. "Precisamos dar um passo além, criar empregos mais qualificados. Isso não acontece por causa do sucateamento de nosso parque industrial. Precisamos de empregos mais qualificados e isso está contido na proposta que o PSDB vai apresentar ao Brasil."
Aécio disse que o governo de Dilma apostou no crescimento exclusivo pela demanda, "mas isso tem um limite". "O problema está na oferta. Temos um custo Brasil crescente com uma infraestrutura em frangalhos. No momento em que mais precisamos de investimentos. Está difícil avançar porque 65% das famílias estão endividadas."

Durante o discurso, o senador voltou a destacar aspectos da economia, mas também falou sobre o momento político. "O Brasil não tem direito de se contentar com pouco", afirmou. "Todas essas conquistas só foram possiveis porque um grupo apoiado pela população acabou com a inflação", afirmou.
Por fim, ele citou polêmicas recentes. "Estaremos firmes e vigilantes", sobre propostas para diminuir poderes do STF e do Ministério Público. "Vamos juntos, sem dividir o pais", diz Aécio.

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