MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 1 de maio de 2013

‘A luta é para não perder os direitos conquistados’, diz sindicalista de SE


Trabalhadores acreditam que a lei está sofrendo um retrocesso.
Entidade diz que a mulher trabalhadora é a que mais sofre.

Marina Fontenele Do G1 SE

Manifestantes percorreram os bairros Santa Maria e 17 de Março em Aracaju (Foto: Marina Fontenele/G1)Manifestantes percorreram os bairros Santa Maria e 17 de Março em Aracaju (Foto: Marina Fontenele/G1)
Cerca de cem pessoas participaram de uma passeata que percorreu os bairros Santa Maria e 17 de Março em Aracaju, Sergipe, na manhã desta quarta-feira (1), Dia do Trabalho. Entre as reivindicações, geração de emprego, salários compatíveis com as atividades, moradia popular, transporte público de qualidade e melhoria nos serviços de saúde e educação.

Os representantes de vários sindicatos pedem ainda a anulação das mudanças na previdência social e do acordo coletivo especial. “O trabalhador tem pouco a comemorar porque nós estamos lutando para não perder os direitos conquistados quando deveríamos lutar para conquistar novas coisas. Esse acordo coletivo especial, por exemplo, vai permitir negociações para salários menores que o mínimo”, afirma Deyvis Barros, coordenador da Central Sindical e Popular (Conlutas).
Para Gilvani Alves, diretora do Movimento Mulheres em Luta, ainda há muito que ser melhorado antes de se comemorar. “A mulher trabalhadora é a que mais sofre. Apesar de muitas estarem inseridas no mercado de trabalho elas ainda ganham menos que os homens ao mesmo tempo em que é cada vez mais comum elas se tornarem chefes de família. É preciso garantir licença maternidade de seis meses, creche e escola de qualidade e em tempo integral, além de criar lavanderias e restaurantes populares para que essas mulheres consigam trabalhar tranquilamente e possam economizar tempo nas tarefas de casa que acaba sendo uma jornada dupla para elas”, explica. De acordo com Gilvani o déficit de vagas em creches chega a 7 mil em Aracaju.
Anulação da reforma da Previdência e do acordo coletivo especial foram reivindicadas (Foto: Marina Fontenele/G1)Anulação da reforma da Previdência e do acordo coletivo foram reivindicadas (Foto: Marina Fontenele/G1)
Moradia popular
Moradores de uma ocupação também participaram do ato público. Eles moravam em áreas de risco do bairro Santa Maria, mas tiveram que deixar o local. Em outubro de 2012 eles invadiram casas e apartamento destinados à moradia popular que estavam quase prontos, mas foram despejados em uma ação de reintegração de posse feita nos dias 21 e 22 de março.
Este grupo está fazendo um abaixo-assinado para entregar à Prefeitura de Aracaju, Energisa, Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setransp) e pedir ações emergenciais na nova ocupação que fica entre o bairro 17 de Março e o Conjunto Costa Nova no bairro Aruanda.
“Cerca de 800 famílias estão nesse acampamento sem água e energia porque não recebem o auxílio moradia. Sem contar que os ônibus demoram a passar no local e os ônibus são mal conservados”, afirma o ocupante Erílio Bispo Santos.
Mais manifestações
A Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) também realizou um ato público na manhã desta quarta-feira (1) no Conjunto Sol Nascente no bairro Jabutiana, na capital. A manifestação também teve apresentações musicais de artistas sergipanos e sorteio de brindes entre os trabalhadores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário