Com salários atrasados, só casos graves serão atendidos nesta sexta-feira.
Problema está na falta de repasse dos recursos do Estado, diz gestores.
Santana do Ipanema,
encontrarão dificuldades. O motivo é que, devido aos atrasos de
salários, os médicos que trabalham na principal unidade de saúde de
urgência e emergência da região farão uma paralisação temporária de 24
horas.
Os moradores do Sertão alagoano que precisarem recorrer, nesta
sexta-feira (1), aos serviços médicos do Hospital Regional Doutor
Clodolfo, que fica no município de A mobilização, que começou nesta madrugada, será feita, segundo os médicos plantonistas, diante da triagem dos pacientes. Com isso, apenas as pessoas que apresentarem casos graves, com eminência de morte, serão atendidas. “Aos demais vamos explicar a situação e encaminhar para que recebam atendimento nos postos de saúde, pelos médicos do Programa Saúde da Família (PSF). As cirurgias eletivas também serão remarcadas para outro dia”, falou o diretor médico do Hospital, Cláudio Cotrim.
Segundo o diretor, o impasse que desencadeou na paralisação temporária dos médicos, comprometendo as atividades do Hospital do Sertão, ocorre porque o governo do Estado há dois meses não repassa os recursos necessários para manter o funcionamento da unidade.
“O hospital funciona diante de um convênio tripartite. O governo federal tem o compromisso de repassar por mês cerca de R$ 1 milhão, a Prefeitura R$ 200 mil e o Estado aproximadamente R$ 878 mil. Como o valor do Estado não vem sendo pago há dois meses, as contas ficaram comprometidas, resultando em atraso nos salários dos médicos”, explicou Cotrim.
De acordo com os médicos, devido a falta de repasse dos recursos provenientes da Secretaria de Saúde do Estado (Sesau), estão atrasados os salários referente aos meses de dezembro de 2012 e janeiro de 2013.
“O dinheiro proveniente do governo federal e municipal só deu para arcar com o custeio da unidade e o pagamento dos demais servidores e fornecedores. Por isso os médicos resolveram parar as atividades numa medida de alerta. Para cobrar do governo estadual mais compromisso diante dos pagamentos. Em recente conversa, disseram que o valor já foi liberado, mas ainda não chegou em conta”, completou Cláudio Cotrim.
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