Local também é centro comercial e marco turístico e arquitetônico.
Filha de Kennedy e cineasta Spike Lee participarão de celebração.
Grand Central Station, estação de trem de Nova York (Foto: Brendan McDermid/Reuters)Os festejos para celebrar o centenário se prolongarão durante os próximos meses, com várias exposições e eventos. Eles terão a participação de rostos conhecidos como Caroline Kennedy, filha do ex-presidente John F. Kennedy, e o diretor de cinema Spike Lee.
Vista externa do edifício da Grand Central Station (Foto: Tony Cenicola/The New York Times)Essa última peculiaridade se explica pelo fato de que a cobertura do edifício é, na verdade, um mural das constelações representado ao contrário. Embora já tenha se especulado que isso tenha sido um erro do artista, Paul Helleu, o historiador de arquitetura e membro da comissão de conservação de monumentos de Nova York, Matt Postal, tem outra explicação. "Está baseada em um mapa do Renascimento italiano que foi desenhado como se Deus estivesse olhando para baixo, e por isso está ao revés para os que o contemplamos daqui", afirmou.
Relógio de quatro faces na Grand Central (Foto: Kathy Willens/AP Photo)A estação também faz as vezes de estúdio de cinema, pois foi utilizada em múltiplas ocasiões como cenário para filmes.
Algumas cenas clássicas gravadas lá são o tiroteio na escadaria da estação protagonizado por Kevin Costner no filme "Os Intocáveis" (1987), justo no momento em que um carrinho de bebê roda escada abaixo, e a destrução do terminal em "Os Vingadores" (2012) durante a luta dos super-heróis para salvar o planeta de extraterrestres.
Concorrência do automóvel
Após mais de dez anos de obras, a estação que conecta a Grande Maçã com suas localidades vizinhas abriu as portas ao público no dia 2 de fevereiro de 1913. Durante um século, conseguiu conservar seu estilo e aumentar sua popularidade.
"É um edifício precioso e útil para as pessoas. Não é só eficiente, mas também elegante", afirma Matt Postal.
Foto
de 1962 mostra uma multidão dentro da Grand Central assistindo na TV ao
astronauta John Glenn entrando em órbita na Terra (Foto: Edward
Hausner/The New York Times)O terminal, situado no cruzamento da Rua 42 com a Park Avenue, foi erguido pela necessidade de soterrar as vias e aposentar os trens a vapor, mas, com a eclosão do carro e o aumento dos preços do solo de Manhattan durante a década de 1960, cogitou-se a possibilidade de derrubá-lo.
'Oyster bar', bar que serve ostras na estação Grand Central (Foto: Brendan McDermid/Reuters)"É um edifício excepcional, como estação de transporte público da área metropolitana e por sua conservação histórica, graças a que em 1978 a Suprema Corte dos Estados Unidos se pronunciou para protegê-lo", explicou Postal.
Para resgatar a estação de sua complicada situação financeira, foram construídas áreas comerciais em seu interior, e o edifício anexo em sua parte traseira foi vendido para se tornar o arranha-céu Metlife.
Com a zona comercial, o terminal se transformou em muito mais que uma estação de trens, pois muitos turistas e nova-iorquinos se aproximam dali para comprar em suas lojas, comer em seus restaurantes ou adquirir em seu mercado algum produto culinário seleto.
O encanto do terminal chega também ao andar subterrâneo, onde se pode comer em uma área ambientada em velhos vagões de trem e saborear, por exemplo, os famosos cupcakes da série de televisão "Sex and the City", da confeitaria Magnolia Bakery.
Essa área também esconde outro segredo da estação: a acústica de seus arcos de cerâmica, que faz reverberar até um sussurro. Se duas pessoas se colocam nas esquinas opostas da entrada em arco e sussurram, a outra pode ouvir sua voz apesar de estarem a metros de distância.
Relógio da Grand Central Station (Foto: Mario Tama/Getty Images/AFP)
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