Ela primeiro mostrou uma caixa pequena dizendo que ali estavam 12 obras que iriam ser feitas para o trânsito da cidade, a um custo de R$ 400 milhões. Depois colocou em cima uma caixa um pouco maior que representaria a Avenida 29 de março, que exigiria recursos de R$ 470 milhões. Sobre essa segunda caixa, colocou uma terceira, ainda maior, que representaria a Via Bahia de Todos os Santos, que deveria ter um custo de R$ 780 milhões. Finalmente, mostrou uma pequena caixa vermelha e explicou que aquilo era o orçamento de R$ 100 milhões de que a Prefeitura dispunha para investir.
“Nenhuma dessas obras é carimbada”, explicou a apresentadora, concluindo que “não dá para fazer nada sem a parceria”. Espera-se que a bela e simpática moça tenha sido bem remunerada para mentir tanto ao longo de toda a campanha e especialmente no último programa.
E a mentira, como se diz, tem pernas curtas. Esta da necessidade da parceria, de ser do mesmo “time” para ter condições de realizar, já havia sido desmentida pelo próprio governador Jaques Wagner, que, em entrevista na Rádio Metrópole, perguntado sobre como trataria o prefeito eleito se não fosse do seu partido, afirmou que trataria de forma republicada, como deve ser tratado um prefeito da Capital.
No comício da última segunda-feira, em São Paulo, foi a própria presidente Dilma que se encarregou de jogar uma pá de cal nessa mentirada da propaganda de Pelegrino, afirmando que seja quem for o prefeito, em qualquer capital do país, não será privilegiado nem discriminado em função do partido a que pertença.
Foi a seguinte a frase textual da presidente, como mostra o vídeo que ilustra esta matéria: “Jamais olhamos para a cor da camisa do prefeito ou do governador. Sempre, em todas as circunstâncias, nós garantimos recursos”.
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