MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 25 de setembro de 2011

Produtores do norte da BA recebem treinamento para produzir queijo

 

Situação de clandestinidade em fabricos motivou ação de associação.
Região é produtora de queijo, mas falta de estrutura atrapalha comércio.

Do G1 BA, com informações do Bahia Rural
Os técnicos da Associação de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) fecharam nove fabricos de produção de queijo clandestinos na cidade de Senhor do Bonfim, região norte da Bahia, no mês de agosto deste ano. Atualmente apenas três espaços estão legalizados, mas nos próximos 90 dias outras seis deverão deixar a situação de ilegalidade.

“É questão de saúde pública. Esse avanço se deve ao fato de ter percebido a necessidade, inclusive dos produtores familiares, de envolvimento. Esses pequenos produtores não têm condições de implantar uma indústria nesse porte. Inclusive porque os equipamentos são muito caros e a parte de construção civil também”, explica o coordenador de inspeção da Adab, Adilson Pinheiro.

Ao invés de multar os agricultores e fechar os fabricos, a Adab resolveu propor a legalização da atividade. Os produtores teriam então um prazo de seis meses para se adequar às exigências. De acordo com Pinheiro, é uma medida para garantir que o alimento chegue com qualidade ao consumidor, tanto na produção, como no transporte e na comercialização.

Geraldo Bandeira era um produtor clandestino, mas já está em processo de legalização junto à Adab e ao ministério Público. Depois de receber visitas e instruções dos técnicos, ele decidiu investir na construção de um espaço isolado e dentro das normas da vigilância sanitária. A fábrica que vai produzir requeijão em mais de 20 cidades baianas já está quase pronta. O empresário espera que no máximo em dois meses a fábrica já esteja funcionando e gerando lucros. “Eu vou ter uma expectativa muito boa. Se eu fabricada dois mil quilos por semana, vou passar a fabricar cinco, seis, até dez mil quilos”, diz.

A ilegalidade e a falta de estrutura também já fazem parte do passado de Francisco Guedes, que investiu cerca de R$ 500 mil na construção de uma fábrica. Lá serão produzidos queijo coalho, muçarela e manteiga. “Pretendemos distribuir em Juazeiro, Petrolina, Fortaleza. Vai ter mais lucro”, conta.

Como nem todos os produtores têm condições de construir fábricas, uma das soluções é vender o leite para associações, como a que existe em Quicé, distrito de Senhor do Bonfim. “Eles têm essa opção de trazer o leite, onde é beneficiado e vendido para o comércio de uma forma correta”, explica Everton Santos, coordenador de laticínios.

O leite de cabra que os produtores vendem para a associação do distrito é pasteurizado e distribuído para escolas e creches beneficiadas pelo programa Fome Zero, do governo federal. O leite de gado se transforma em iogurte e é vendido para seis cidades do norte baiano.

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