Profissionais da área diferenciam os benefícios e malefícios dos tipos de uso
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A discussão em torno da cannabis ganhou destaque nas últimas semanas, especialmente após a recente decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proibiu a compra da cannabis in natura, afetando significativamente a vida de pacientes que utilizam a planta em tratamentos de saúde. Enquanto mitos e informações distorcidas circulam, é essencial separar a verdade da ficção quando se trata das diferenças entre o uso medicinal e o uso recreativo da planta de cannabis.
Diferenciação Clara: Cannabis Medicinal e Maconha Recreativa
"É fundamental entender que a terminologia correta é 'cannabis medicinal’", destaca o Dr. Eduardo Testa, endocrinologista especializado em cannabis. A cannabis medicinal é utilizada para fins terapêuticos, e seus componentes principais, como o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC), são extraídos da planta de cannabis. Por outro lado, a maconha recreativa é consumida com o objetivo de recreação, frequentemente por meio da queima das partes fumáveis da planta.
Maconha Recreativa: Riscos à Saúde e Efeitos Psicossociais
Consumir maconha recreativa, geralmente por meio de fumaça, apresenta riscos significativos à saúde. A queima dos componentes da planta pode produzir substâncias prejudiciais e danificar os compostos benéficos presentes nela. O consumo recreativo está associado a danos psicossociais e risco de desenvolvimento de psicoses, especialmente em jovens cujo cérebro ainda está em desenvolvimento, mas existem alguns mitos que aumentam esses danos, como o do que a planta “mata neurônios”.
“Esse mito veio de um estudo feito pelo governo dos Estados Unidos na década de 70, no qual davam 30 cigarros de maconha por dia para macacos inalarem, o que acabava matando seus neurônios com intoxicação de monóxido de carbono, e diziam ser pela cannabis. Na verdade, os compostos da cannabis são neuroprotetores, que protegem nosso sistema nervoso central e estimulam a regeneração dele”, esclarece o Dr. Eduardo Testa.
Cannabis Medicinal: Tratamentos Comprovados e Efeitos Colaterais Controláveis
A cannabis medicinal, por outro lado, demonstrou eficácia em uma variedade de condições, incluindo epilepsia refratária, Transtorno do Espectro Autista (TEA), Parkinson e artrite reumatoide. Cresce cada vez mais o número de pessoas que sofrem de patologias como essas e procuram o tratamento com a planta, que recorrem a empresas como a FlowerMed, que já atendeu mais de 2.600 pacientes em sua missão de trazer tratamentos baseados em cannabis medicinal de forma acessível, visando o bem-estar.
"Os efeitos colaterais observados são bem menos danosos ao organismo quando comparados a alguns alopáticos, e não possui os riscos de dependência muitas vezes associados a outras substâncias. Com a legislação correta, sua aplicação terapêutica poderia ir muito além do que se é considerado no Brasil, como indicam políticas públicas em outros países", explica Testa.
CBD e THC: Componentes Fundamentais
Tanto o CBD quanto o THC são fitocanabinoides da planta de cannabis, mas atuam em diferentes receptores e podem ser complementares em algumas indicações. A escolha entre produtos de espectro completo, amplo espectro ou isolados (apenas CBD) depende da situação clínica. "O THC inalado é empregado em casos de dores agudas, com ação analgésica rápida, embora o efeito não seja duradouro como por via oral", destaca o Dr. Eduardo Testa.
Cannabis Medicinal no Brasil: Legislação e Uso
A cannabis medicinal é regulamentada no Brasil e pode ser prescrita por médicos e odontólogos, decisão que está sendo ameaçada pela proibição de importação da Anvisa. Os produtos são geralmente importados de países que permitem a produção, como EUA, Suíça, Colômbia e Uruguai. O desenvolvimento do canabidiol sintético está em andamento, mas produtos naturais ainda são os mais comuns. O cultivo e extração estão limitados a algumas cooperativas e universidades, sob autorização judicial.
Conclusão: Esclarecendo Mitos e Promovendo Uso Responsável
A clareza entre cannabis medicinal e maconha recreativa é fundamental para garantir o uso seguro e eficaz desses compostos. A empresa FlowerMed, comprometida com tratamentos acessíveis e eficazes baseados em cannabis, destaca a importância do esclarecimento nesse cenário. "Nosso propósito é unir conhecimento, acessibilidade e busca pela saúde em uma única jornada. A cannabis medicinal possui ação terapêutica comprovada em diversas condições clínicas", enfatiza Caroline Heinz, fundadora da FlowerMed.
A compreensão dessas diferenças é essencial para que pacientes e profissionais de saúde possam tomar decisões informadas e responsáveis sobre o uso da cannabis para fins terapêuticos. Como ressalta o Dr. Eduardo Testa, "a cannabis medicinal não tem nenhum tipo de vício, nenhum tipo de risco, a cannabis não mata".
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