(Marcelo Jabulas)
Já escrevi aqui que 2023 é o ano da picape. Deve estar escrito no horóscopo de algum manual do proprietário ou numa planilha de marketing. E um dos lançamentos mais recentes foi a Fiat Strada Ultra.
A versão chega para marcar a adoção do motor turbo 1.0 de 130 cv e 20,4 kgfm de torque à picapinha. Trata-se do mesmo motor que já equipa Pulse, Fastback e também o primo 208.
O motorzinho é combinado com a transmissão automática, do tipo CVT, com emulação de sete marchas. Um conjunto que se mostrou muito bem acertado nos SUVs e também resolve bem na picape.
Quem conhece bem a atual geração da Strada sabe que as versões com motor 1.4 entregam força necessária para o trabalho e que o motor Firefly 1.3, de 107 cv, garante bom comportamento, mas carecem de tempero. Tempero que está na medida certa na Ultra.
Isso porque o motorzinho consegue entregar muito torque em baixa rotação, oferece retomadas e acelerações bastante ágeis. Assim, a picape se desenvolve bem tanto na cidade quanto na estrada.
E testamos a Strada Ultra nas duas cituações. No para e anda do trânsito urbano, não é preciso dar muito pé para se arrastar nos engarrafamentos. Praticamente basta soltar o freio que ele ter torque para deslocar sem sofrimento.
Mas há um detalhe desagradável. Quando se para em um sinal, o motor tende a acentuar a vibração. Mas basta colocar a alavanca no neutro.
Já na estrada, a Ultra econtra seu lugar. A picape tem comportamento excepcional. Há torque para ultrapassar com rapidez e segurança e nem é preciso assumir os comandos manuais, basta pisar que o CVT se encarrega de entregar todo o torque imediatamente.
Uma dica é usar a borboleta para ajudar a reduzir com freio-motor. Apenas para não sacrificar demais as pastilhas e evitar o chamado fading, fenômeno temporário em que o calor anula a capacidade de frenagem.
Interior
Se a Strada Ultra anda bem, o pacote de conteúdos agrada, mas nem tanto. A picape tem bancos revestidos em couro, o que lhe confere mais sofisticação, mas o acabamento é simples. O painel de instrumentos é uma herança do Mobi. A leitura não é a das melhores, mas é possível projetar o velocímetro digital no computador de bordo.
A picape ainda oferece ar-condicionado digital, vidros e retrovisores elétricos, multimídia com conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay, câmera de ré, duas portas USB carregamento por indução, faróis de neblina e rodas aro 16, faróis com luz diurna em LED e luz de neblina em LED, rack de teto, santantônio e capota marítima. Tudo isso por 132.990 mil.
É uma picape legal para quem quer um carro para uso pessoal, sem se importar em tirar o sustento com a caçamba, pois o bagageiro comporta 844 litros e a carga útil é de 650 kg. Mas para levar peso, é melhor apostar na versão cabine simples, que custa R$ 33 mil a menos.
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