O
nascimento prematuro priva o bebê do ambiente intrauterino,
interferindo diretamente no desenvolvimento adequado do seu organismo, o
que pode exigir longos períodos de internação.
Com
o intuito de atuar na prevenção das alterações articulares e auxiliar
na redução do risco de lesão por pressão (LPP), a terapia ocupacional,
aliada à equipe de fisioterapia do Hospital Materno-Infantil de
Barcarena (HMIB), desenvolveu a confecção de coxins e órteses de baixo
custo para prematuros.
A
unidade é referência em atendimentos de alta complexidade no Baixo
Tocantins, para gestantes e recém-nascidos de 11 municípios da região.
“O
peso do bebê, umidade no local, demora ou restrição em mudanças de
posições, podem causar lesão por pressão em regiões do corpo e
protuberâncias ósseas, e precisamos levar em consideração que alguns
bebês não têm massa corpórea significativa”, explica Heloísa Santos,
terapeuta ocupacional da Pró-Saúde, que atua no HMIB.
"Então,
é essencial desenvolver intervenções e procedimentos terapêuticos, como
a produção de órteses e coxins, que são dispositivos, para minimizar os
desvios nas articulações e lesões por pressão ou hematomas, e
proporcionar alívio da dor, contribuindo para o tratamento do bebê e
para uma alta hospitalar com qualidade”, complementa Heloísa.
Para
criar as órteses e coxins, a equipe do Hospital Materno-Infantil de
Barcarena, unidade do Governo do Pará, utiliza materiais como EVA,
algodão ortopédico, colchão piramidal, enchimento antialérgico, tecidos,
ataduras, esparadrapo e malha tubular.
São
confeccionados itens como protetores da região posterior da cabeça,
extensores palmar (mão) e plantar (pés), entre outros, personalizados
com tamanhos e espessuras diferenciadas para cada bebê.
As
órteses são fabricadas de acordo com a demanda de cada paciente. Em
média, 25 coxins são feitos por mês, com valor médio de R$5 reais cada.
“O
valor do apoio circular, dispositivo que oferece o mesmo resultado para
o recém-nascido, varia entre R$180 e R$480 no mercado, dependendo do
tamanho. Então, é uma proposta economicamente viável e com resultados
muito positivos”, destaca a profissional.
Segundo
Heloísa, a diferença entre os dispositivos é que a confecção com
material alternativo é descartável após período de uso, já o apoio
circular é reutilizável, após higienização. Conforme a demanda de
atendimento, é possível equilibrar o uso de ambos.
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