JORNAL A REGIÃO
A suposta “ajuda humanitária” oferecida pelo governo da Argentina ao Brasil, para auxiliar com as vítimas das chuvas na Bahia, era apenas o envio de 10 montadores de barracas de emergência. Os custos de transporte, estadia e alimentação, no entanto, deveriam ser bancados pelo governo brasileiro.
O governo respondeu diretamente aos argentinos sobre a oferta, mas a resposta apareceu na imprensa antes mesmo de ser recebida pelo país vizinho. O embaixador argentino em Brasília, Daniel Scioli, não explicou como esta correspondência privada foi vazada para sites e jornais.
O Presidente Jair Bolsonaro foi educado ao comentar o assunto em seu Twitter. Disse ele: "a Chancelaria Argentina ofereceu assistência de 10 homens para trabalho de almoxarife e seleção de doações, montagem de barracas e assistência psicossocial à população afetada pelas enchentes na Bahia".
"O fraterno oferecimento argentino, porém, sairia muito caro para o Brasil. Ocorre que as Forças Armadas, em coordenação com a Defesa Civil, já estavam prestando aquele tipo de assistência à população afetada, inclusive com o apoio de 3 helicópteros da Marinha e do Exército".
"Por essa razão, a avaliação foi de que a ajuda argentina não seria necessária naquele momento, mas poderá ser acionada oportunamente, em caso de agravamento das condições. A resposta do Ministério das Relações Exteriores à Embaixada Argentina é clara a esse respeito".
Nesta quarta, o Itamaraty aceitou doações da Agência de Cooperação do Japão (JICA), que são mais úteis e sem custo. Elas incluem barracas de acampamento, colchonetes, cobertores, lonas plásticas, galões plásticos e purificadores de água, que chegarão à Bahia por via aérea ou serão adquiridos no mercado brasileiro.
O governo de Brasília também está ajudando. Em dois dias, foram coletados mais de 7 toneladas de donativos a ser enviados às famílias desabrigadas pór aviões da FAB. A arrecadação vai até domingo e os itens vão de material de limpeza e higiene, a cobertores, água potável e alimentos não perecíveis.
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