MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 4 de dezembro de 2021

A LOCOMOTIVA MORO ATROPELANDO O "MITO"

                            Sem  dúvida alguma o Presidente da República  e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, tem dado mostras inequívocas do seu desespero em face do crescimento acelerado da candidatura  do ex-juiz Sérgio Moro nas pesquisas eleitorais,que na velocidade de um relâmpago , passou para mais de 10% das intenções de voto,considerando a probabilidade objetiva desses votos estarem sendo e continuarem sendo "roubados" bem mais do candidato Bolsonaro.

Comenta-se em voz baixa  nos corredores e todos os cantos das "fofocas" da Praça dos Três Poderes ,em Brasilia,que até fevereiro de 2022 Sérgio Moro terá ultrapassado.Bolsonaro nas pesquisas.
Esse fulminante crescimento da candidatura Moro,pelo "Podemos" , tem ocasionado a total perda de compostura  e mesmo qualquer "classe" do "Clã Bolsonaro",formado pelo Presidente e seus filhos, "políticos de carreira",tanto que no seu ato de filiação ao PL,que abrigará a candidatura de Jair Bolsonaro,seu filho Flávio Bolsonaro chamou Moro de traidor,e no dia 2 de dezembro,o "capitão" também chamou-o de "palhaço" e "sem caráter".
Mesmo sem procuração para defender Moro,a verdade é que ele não traiu ninguém,e sim foi traido,pelo constrangimento (e "traição") a que foi submetido pelo Presidente quando Ministro da Justiça e Segurança Pública,que certamente a essa altura  já sentia-se  ameaçado pelo crescente prestígio e "concorrência" de Moro ao seu "reinado"e reeleição.                                    
Nesse exato sentido Moro tinha que ser "queimado", pela  sua "concorrência desleal", ao pretenso "dono" da presidência da república. E Bolsonaro "aprontou" para Moro,desmoralizando-o publicamente  à frente do Ministério que comandava,não lhe restando  outra saída que não o "pedido de demissão",uma forma muito "esperta" de demitir alguém.
A grande dúvida que persiste no ar sobre a tendência  "ideológica" de Moro,se realmente acabar dando uma "final" de segundo  turno ,entre  ele  e Lula,nas eleições  de outubro de 2022,vai ser o "fiel da balança" dessas eleições,mais precisamente,o PSDB,de "FHC & Outros Tucanos Ltda". Se o PSDB apoiar Lula  no segundo turno,Moro  estará  sendo absolvido da acusação que tem sofrido  de ser um esquedista "enrustido".
Mas também enxergo o risco de repetição do "Pacto de Princeton",assinado nos Estados Unidos ,em 1993,entre Lula e FHC,representantes,respectivamente,do PT/Foro San Pablo,e do "Diálogo Interamericano",baseado na "Estratégia das Tesouras",de Hegel e Marx,como as duas lâminas de uma tesoura partindo de sentidos opostos,mas se encontrando ao final da "operação",pela qual a esquerda sempre deveria disputar as eleições com uma esquerda verdadeira e outra falsa,dissimulada,sem cores aparente de esquerda. Mediante essa estratégia,  a esquerda sempre sairá vencedora.
Nessas próximas eleições o papel do candidato "oficial" do PSDB.João Doria.,será certamente um mero "faz-de-conta",para preencher uma mera "formalidade",tanto quanto foram no passado José Serra,Alckmin,Aécio Neves,e todos os outros,"menos" o próprio  FHC. Na verdade o PSDB estará apoiando,por "baixo dos panos",Lula ou Moro,conforme a evolução dos acontecimentos.
E torço para que Moro não acabe caindo numa armadilha da esquerda,dela se tornando "refém",se for o caso, apoiado pelo PSDB.no segundo turno.
Dúvidas finais:quem a esquerda apoiaria numa eventual "final" entre Bolsonaro e Moro:? E os bolsonaristas,numa "final" entre Moro e Lula? E os "moristas",entre Bolsonaro e Lula?
E a "conclusão": certamente a posição mais "confortável" entre todas as correntes politicas na próxima eleição está sendo a do PSDB,que "governará",talvez em medidas um pouco diferentes,tanto com a eleição do seu próprio candidato,João Doria,quanto com Lula ou Moro,dependendo do apoio "certo" no segundo turno.
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado e Sociólogo.

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