BLOG ORLANDO TAMBOSI
Há 40 anos, José Manuel Fernandes passou umas férias em família levando o livro de José Saramago como guia. Não havia autoestradas nem IPs, mas havia uma Renault 4L, uma tenda e um país por descobrir. Texto do publisher do Observador, José Manuel Fernandes:
Em
1981 o meu filho mais velho tinha acabado de fazer cinco anos e a mais
nova ainda não tinha três. Na 4L naturalmente que cabíamos os quatro,
mas ainda coube mais uma amiga, a Paula, que era também a educadora de
infância deles. E naquele tempo partir para férias era partir com a
tenda às costas – ou melhor, encher o porta-bagagens. Mesmo assim, na
primeira noite tínhamos quem nos acolhesse em Manteigas, pois a Serra da
Estrela era a primeira etapa e lá chegar era coisa para levar muitas
horas.
Sem
auto-estradas nem IPs (a A1 acabava na altura no Carregado…), optámos
por seguir pelo Alto Alentejo, seguindo até Nisa, depois descendo até ao
Tejo em Portas de Ródão, seguindo depois por Castelo Branco, Alpedrinha
e Fundão até chegar à Covilhã, onde finalmente tomámos a íngreme
estrada para as Penhas da Saúde. Queríamos chegar a Manteigas
percorrendo o vale glaciar e, apesar do sofrimento da velha carrinha na
penosa subida, a descida compensou.
Nesses
primeiros dias, o livro de Saramago quase não saiu do lugar aconchegado
que eu lhe encontrara – entalado entre os dois bancos da frente, um
espaço que no Renault estava livre, pois a alavanca das mudanças era uma
lendária “bengala” que parecia sair do meio do tablier. E não saiu
desse lugar porque tivemos melhor guia. Quem nos introduziu aos segredos
da serra foi um velho conhecido dos tempos das lutas associativas
estudantis, o engenheiro silvicultor Fernando Varela (recentemente
descobri que é pai de Raquel Varela).
A capa da nova edição de "Viagem a Portugal", de José Saramago, comemorativa dos 40 anos da publicação original |
Saramago
teve pouca sorte na volta que deu pela serra, que encontrou mergulhada
em nevoeiro. Nós, pelo contrário, beneficiámos de belos dias e pudemos
dar memoráveis passeios, nomeadamente uma caminhada que nos levou do
Covão da Ametade (no topo do vale glaciar de Manteigas) até ao vale da
Candeeira, um pequeno vale glaciar suspenso onde se encontram bonitas
turfeiras. Ainda hoje a forma como o meu filho fez a caminhada algo dura
(ainda não havia percursos demarcados, apenas umas pedras que os
pastores deixavam para indicar por onde era o caminho) sem nunca pedir
colo é motivo de orgulho familiar.
Depois
de uma primeira noite de estreia campista passada no Covão da Ametade –
e a estreia campista era também uma coisa sempre exigente, pois não
existiam as modernas tendas iglô, antes as clássicas com dezenas de
estacas que resistiam sempre a entrar no solo –, seguimos por fim as
indicações do viajante Saramago e rumámos a Belmonte.
Atraía-nos
a misteriosa Centum Cellas, essa torre de grandes blocos de granito que
se pode apreciar nas imediações da povoação onde durante tantos séculos
resistiu a cultura judaica e viveram disfarçados os seus “marranos”.
Concordámos com Saramago que esteve deve ser “o mais enigmático edifício
destas paragens portuguesas”, pois na altura ninguém sabia para que
teria servido aquela estranha estrutura – “há quem afirme que foi
prisão, ou estalagem, ou torre de acampamento, ou vigia”. Mas não nos
encantou, pelo que partimos em busca de outro encanto, o que o autor
descobrira na Igreja Matriz, “uma das mais belas construções que já
viu”, onde “o que impressiona é o equilíbrio das massas, e logo depois a
nudez da pedra, sem aparelho, apenas ligadas as juntas irregulares”.
Mas há mais, ou haveria mais, há a Pietá, “um grupo escultório
representando a Virgem e o Cristo morto, ele deitado sobre os joelhos
dela, virando para nós a cabeça barbada, a chaga entre as costelas, e
ela não o olhando já, nem sequer a nós”.
Montámos
a tenda nos jardins da catedral, junto com todas as demais numa
manifestação em Miranda do Douro. O lugar não podia ser melhor: tínhamos
que ver ali, começando pelo Menino Jesus da Cartolinha. Saramago
descrevera-o assim: “Com a sua altura de dois palmos, à cinta a espada
de prata, a faixa de vermelha atravessando do ombro para o lado, laço
branco ao pescoço, a cartola no alto da sua redonda cabeça de criança”.
“A
beleza do grupo, talhado em duro granito, atinge um grau superior. O
viajante tem em Belmonte um dos mais profundos abalos estéticos da sua
vida”. Teve o viajante, mas não tivemos nós. Naquele quente dia de
agosto, uma segunda-feira, a Igreja estava hermeticamente fechada porque
lá dentro repousava o corpo de quem se lembrara de falecer durante o
fim-de-semana, sem a presença do delegado de Saúde para atestar o óbito.
Por isso, enquanto o delegado não chegasse, não havia funeral, não
havia velório – nem havia possibilidade de visitar a Igreja e confirmar
se a sua Pietá era mesmo deslumbrante. Seguimos para a Guarda.
Sou
alfacinha, nascido e criado em Lisboa, filho de pai e mãe nascidos
também e Lisboa. Não tenho por isso “terra” a que voltar no verão ou
pela Páscoa, pelo que esse dia me reservava a surpresa de, “lá na
terra”, as coisas serem diferentes.
Tínhamos
combinado passar pela “terra”, ou mais exatamente pela aldeia, perto de
Vilar Formoso, de um colega de trabalho da minha mulher, mas
atrasámo-nos tanto que chegámos em cima da hora de jantar. Urbanos como
somos, não quisemos “cair no prato da sopa” pelo que, pouco antes de
entrarmos no pequeno povoado, encostámos o carro num pequeno bosque,
comemos qualquer coisa e seguimos. Claro que o resultado do estratagema
foi termos de jantar duas vezes – ninguém se apresenta em casa destas
gentes pensando que não vem para comer, imaginando que não se preparou o
melhor prato – haveríamos de comer uma galinha de cabidela – ou
sonhando poder escapar à volta pelos vizinhos, que obrigatoriamente o
farão provar o vinho “autêntico” que ainda ali fazem (nesses tempos,
muitas vezes um horrível vinho “morangueiro” feito de uvas americanas,
mas que íamos elogiando a cada passo).
A
aldeia não fazia parte dos roteiros de Saramago, nem a praia fluvial a
que fomos, nem sequer Almeida, terra que na época ainda estava bastante
arruinada. Por isso só retomaríamos o guia mais tarde, depois de mais
umas valentes horas na estrada, pois o nosso próximo destino foi Miranda
do Douro. Precisamente a primeira das paragens do escritor, o local
onde ele começara a sua viagem.
Largo das Portas de Moura, em Évora (fotografia que faz parte da nova edição de "Viagem a Portugal") |
Depois
de um passeio pelas ruas da velha cidade – e de lhes termos explicado o
significado das esculturas que adornavam o beiral dos telhados (“Velhos
rancores voltados para Espanha, mísulas obscenas talhadas em boa pedra
quatrocentista. Dá vontade de sorrir esta saudável escatologia que não
teme ofender os olhos das crianças nem os aborrecidos defensores da
moral”, escrevera o nosso guia) –, procurámos onde servissem posta
mirandesa.
“Não
podes deixar de experimentar”, dissera-me o José Quitério antes de sair
de Lisboa. “É carne da parte interior da coxa dos vitelos até 15
semanas. Uma maravilha de sucos, nem precisa de tempero.”. Nesses tempos
a posta não chegava a Lisboa, nem imitações dela, e um bife assim era
coisa que os mais novos há muito pediam, até porque a vida de
viajante-campista tem a sua austeridade. Por isso, aquela noite em
Miranda do Douro foi a prova de que um dia não são dias, até porque a
posta cumpriu o seu dever e por muito tempo nos recordámos do seu sabor e
suculência.
Como
este país é um lenço de assoar, tínhamos entretanto encontrado em
Miranda, a viajar numa Citroen Dyane (outro clássico desses tempos), o
Manuel Eduardo, colega no curso de Biologia que eu voltara a frequentar e
meu habitual companheiro em vários trabalhos. Como seguíamos ambos para
Bragança, e como, apesar de tudo, a 4L se despachava melhor do que a
Dyane, combinámos que nos encontraríamos no único local de referência
que conhecíamos, a Domus Municipalis, esse edifício que Saramago
descrevia como tendo “cinco lados desiguais, que uma criança não
desenharia”.
Com
os animais seguia um rapazinho, o Moisés, que não tardaria muito
estaria a ensinar ao meu filho habilidades com as pedras da margem do
fio de água que corria junto às tendas. Foi ali que ele aprendeu a
“capar o rio” (fazer um calhau rolado bater várias vezes na superfície
da água antes de mergulhar) ou a “fazer rugir a pedra” (lançar uma pedra
ao ar de forma a provocar um silvo).
Ora
se pelo caminho até Bragança nos podíamos interrogar sobre “que razões
podem ter levado a este risco, não se sabe, ou desconhece-as o
viajante”, mal chegámos à cidade nordestina deparámo-nos com outro
problema: ninguém nos sabia indicar onde ficava o mais conhecido – fora
da cidade, pelos vistos – monumento de Bragança. Nem sequer o polícia
que abordámos ouvira falar da tal Domus, ainda menos da Municipalis.
Valeu-nos um miúdo que lá nos explicou que o velho edifício ficava no
castelo, lá ao fundo da rua grande: ele tinha ido lá com a professora.
Escusado será dizer que o Manuel Eduardo passou pela mesma experiência.
O
nosso fito era contudo ir dormir a Rio de Onor e assim fizemos, se bem
que lá chegaríamos já com o dia a cair e acabaríamos a montar as tendas
de forma muito improvisada, junto à margem do rio, sem ver bem o que
fazíamos. No dia seguinte, seríamos acordados pelos badalos das cabras e
das vacas que passavam pelas tendas a caminho dos campos de pastagem –
campos ainda comunitários nessa época. Com os animais seguia um
rapazinho, o Moisés, que não tardaria muito estaria a ensinar ao meu
filho habilidades com as pedras da margem do fio de água que corria
junto às tendas. Foi ali que ele aprendeu a “capar o rio” (fazer um
calhau rolado bater várias vezes na superfície da água antes de
mergulhar) ou a “fazer rugir a pedra” (lançar uma pedra ao ar de forma a
provocar um silvo).
As
histórias do Moisés ficaram para sempre na nossa memória, mas hoje
sabemos que ele tinha muito mais para contar do que aquilo que
descobrimos na altura. Saramago lembra-se de ouvir alguém chamar por ele
ao deixar a aldeia (“Ainda ouve uma voz de mulher a chamar os filhos:
“Telmo! Moisés!” Leva consigo a memória, o eco destes nomes hoje tão
raros” escreveu o viajante), mas quem o conhece bem é o meu amigo
Maurício Abreu, fotógrafo com quem fiz vários livros. E não por acaso: a
primeira vez que o Maurício esteve em Rio de Onor, em 1979, deu boleia à
mãe de Moisés para ir ver a filha ao Hospital de Bragança. A criança
ficara gravemente ferida dias antes quando se virara um panelão de água a
ferver. Não sobreviveria, pois era assim a vida naqueles tempos.
Vila do Conde, em 1979 (fotografia que faz parte da nova edição de "Viagem a Portugal") |
O
Maurício – que faria de resto as fotografias de uma das várias edições
desta Viagem a Portugal – ainda hoje se dá com a família do Moisés, os
Nunes, e cá em casa ainda se sabe “capar o rio”, mas já se perdeu o
jeito para “fazer rugir a pedra”. Talvez um dia o Moisés, que entretanto
emigrou para França, volte a ensinar o jeito a um rapazinho que passe
por lá.
Quanto
a Rio de Onor, despedimo-nos dela uma manhã em que decidi, contra a
opinião do grupo, meter-me a caminho pela estrada de terra, alcantilada e
inóspita, que levava a Guadramil. O Renault 4L era o mais próximo que
se podia ter de um jipe e ninguém ainda tinha inventado os SUV, pelo que
a Paula, que rezingou o caminho todo e achava que nos íamos perder, foi
jurando várias vezes que já devíamos estar em Espanha — até que lá
chegámos, são e salvos, à outra aldeia bragantina de linguajar muito
quase leonês. Para mim, foi um pequeno triunfo.
Não
nos pudemos demorar por terras de Bragança todo o tempo que desejávamos
por uma razão simples, hoje impensável: acabara-se o dinheiro e em
Bragança não havia delegação do nosso banco. A mais próxima era em
Mirandela. No início dos anos 1980 não faltavam apenas as autoestradas e
telemóveis – também não havia multibanco. E levantar um cheque da nossa
própria conta era coisa demorada, pois exigia verificar a assinatura, o
que levava o seu tempo já que obrigava a contactar a sede, em Lisboa. E
como Mirandela por aqueles dias nada tinha para oferecer, mal voltámos a
ter dinheiro, seguimos para Chaves.
Depois
de uma noite passada na margem do Tâmega, não longe da velha ponte
romana (sim, não se pode dizer muito alto, mas o campismo também era
quase sempre selvagem), o plano era conhecer Carvalhelhos antes de rumar
ao Gerês. Foi muito má ideia, pois na estrada entre a estância termal e
Boticas um camião que circulava em sentido contrário levantou uma pedra
da estrada que estilhaçou o pára-brisas do nosso R4. Não ganhámos para o
susto, mas depois tivemos de regressar a Chaves à procura de quem nos
substituísse o vidro, o que apesar de tudo foi possível em pouco tempo,
mas não o suficiente para chegarmos com luz do dia ao Gerês.
“Mas
as papas de sarrabulho, oh senhores, as papas de sarrabulho, que há-de o
viajante dizer das papas de sarrabulho senão que nunca outro manjar
comeu nem espera vir a comer, porque não é possível repetir a inventiva
humana esta maravilhosa e rústica comida, esta substância, estes
numerosos sabores combinados, todos vindos do porco e sublimados em
malga quente que alimenta o corpo e consola a alma.”
Para
o Gerês eu não precisava de ser guiado por Saramago, já por lá andara
duas vezes, ambas pela mão do meu pai, a primeira vez com apenas nove
anos de idade. E levava uma fisgada: iríamos montar tenda na mata de
Albergaria, entre as Termas e a fronteira da Portela do Homem, numa das
zonas mais bonitas da serra.
Assim
fizemos, ou melhor, assim improvisámos, pois sem luz as tendas foram
montadas de forma muito precária sobre chão demasiado irregular, mas lá
deu para dormir. No dia seguinte, de manhã, peguei nos dois miúdos e fui
dar uma volta pela mata, repetindo-lhes os conselhos que em tempos
recebera do meu pai: não levantem pedras, pode estar um escorpião por
baixo; se virem uma cobra, cuidado se a cabeça for triangular, porque é
uma víbora e a víbora é venenosa. Quis a sorte que víssemos mesmo uma
víbora, e ela nos visse a nós, pelo que a lição ficou melhor dada do que
tinha imaginado. Eles nunca mais a esqueceram.
40
anos são muitos anos, às vezes a memória falha, mas suspeito que aquilo
que nos levou a Barcelos foi mesmo, desta vez, o texto de José
Saramago. Fomos atrás de um aroma e de uma sopa:
“Mas
as papas de sarrabulho, oh senhores, as papas de sarrabulho, que há-de o
viajante dizer das papas de sarrabulho senão que nunca outro manjar
comeu nem espera vir a comer, porque não é possível repetir a inventiva
humana esta maravilhosa e rústica comida, esta substância, estes
numerosos sabores combinados, todos vindos do porco e sublimados em
malga quente que alimenta o corpo e consola a alma.”
Chegámos
numa quinta-feira, dia de feira semanal. Não haverá – ou não havia –
muitas terras com feira semanal daquela dimensão e com tal presença de
olaria tradicional, pelo que entre a tentação de enfeirar e a tentação
de almoço, o nosso coração dividia-se. E dividiu-se, pois alguma coisa
trouxemos da feira e não falhámos as tais papas de sarrabulho que, valha
a verdade, passados estes anos todos, ainda não encontraram rival. Pena
é que, consultando o Google Maps (não vou a Barcelos há uns tempos) não
encontre já o Restaurante Arantes, apenas uma Pensão Arantes e uma
Pastelaria Arantes. Fica a dúvida: resistirão as papas de sarrabulho ali
ou algures por ali? Um dia terei de tirar a limpo.
Depois
de Barcelos rumámos a sul, por Guimarães, Vizela, Vila Real, Lamego
(incluindo uma atrevida travessia da serra de Meadas, de novo por
estradas de terra) e Viseu. E por fim Coimbra.
Mais
uma vez em Coimbra a Viagem a Portugal teve de concorrer com as minhas
memórias de infância, e perdeu. O viajante Saramago andou pela Alta,
subiu a Couraça de Lisboa, ficou-se pelo Pátio das Escolas sem ousar
bater às portas e até sem visitar a Biblioteca Joanina, mas quem chegava
a Coimbra com duas crianças sabia que havia um destino inescapável: o
Portugal dos Pequenitos.
Mais
uma vez em Coimbra a Viagem a Portugal teve de concorrer com as minhas
memórias de infância, e perdeu. O viajante Saramago andou pela Alta,
subiu a Couraça de Lisboa, ficou-se pelo Pátio das Escolas sem ousar
bater às portas e até sem visitar a Biblioteca Joanina, mas quem chegava
a Coimbra com duas crianças sabia que havia um destino inescapável: o
Portugal dos Pequenitos, encanto da minha meninice. E encanto foi também
dos meus filhos, mesmo que a Paula, alentejana, torcesse o nariz à
subrepresentação da sua região.
Menos
mal que faltava escolher onde dormir e, depois de verificar que o
parque de campismo oficial não era especialmente apelativo, eu atrevi-me
a propor montar tenda no leito do Mondego, o “basófias”, que nesse
Agosto corria num fio quase seco. O local ideal pareceu-me ser uma praia
fluvial que ficava por baixo da ponte da estrada da Beira, pelo que ali
montámos as tendas.
O
que se passou depois ainda hoje faz parte das histórias que contamos
aos serões em família, pois não imaginei que nessa noite a EDP abrisse
as comportas da Barragem da Aguieira, o nível do rio subisse e quando
déssemos por nós, nascia o sol, estivéssemos quase cercados pelas águas
do Mondego. Numa aflição desmontámos as tendas, amontoámos tudo no R4 e
saímos dali antes que ficássemos debaixo de água, mas safámo-nos sem
males maiores, para horas depois chegarmos a Lisboa, com o “Viagem a
Portugal” de novo entalado entre os dois bancos da frente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário