MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 12 de junho de 2021

UM DILEMA: LULA OU BOLSONARO?

 


Existe um trecho na música “Homem com H”, composta por Antônio Barros,mais conhecida pela magistral  interpretação de Ney Matogrosso,que mais parece ter como  pano de fundo a situação atual da política brasileira,à vista das eleições presidenciais que se avizinham para outubro de 2022.

“Lá pelas tantas”,consta na letra dessa música a seguinte “tragédia”: “Se correr o bicho pega/Se ficar o bicho come”.

E resumidamente podemos garantir que reside exatamente nesse trecho da música “Homem com H” a “saia justa” vestida pelos brasileiros que terão que comparecer compulsoriamente às urnas da justiça eleitoral , em outubro de 2022 ,para escolha do  próximo presidente da república, reelegendo,ou não, o atual ocupante  do cargo,Jair Bolsonaro.                                      

A exacerbada repugnância causada à “mente” política da população mais sadia,honesta,isenta e equilibrada, da sociedade brasileira,em relação aos “fanáticos” e “corruptos” governos de esquerda,onde a roubalheira dos cofres públicos ultrapassou todos os limites,estimada em cerca de 10 trilhões de reais, instalados no país a partir de  1985,após o término Regime Militar,especialmente na “Era PT”,de 2003 a 2014,durante os  Governos de Lula da Silva ( 2 mandatos consecutivos),e  Dilma Rousseff (1,5 mandatos), foi certamente a principal motivação política que deu a vitória a Jair Bolsonaro nas eleições de outubro de 2018,o qual ,efetivamente, representava não ocasião a maior oposição ao  PT, e “alegadamente ”, à corrupção que esse partido havia protagonizado , sem que os eleitores se detivessem a avaliar  nas “urnas” outros eventuais méritos ou deméritos políticos do  candidato vencedor da eleição.

Mas mesmo considerando que havia outras opções de candidatos presidenciais indicados pelos diversos partidos políticos,a verdade é que os eleitores teriam que ficar,como efetivamente ficaram,  “presos” a essa nominata de candidatos ,“registrada” na Justiça Eleitoral,a exemplo de todas as eleições anteriores. Teriam que escolher ,necessariamente ,um ou outro ; votar em branco,ou anular o voto.                                                                                                                                            

Mas esses candidatos presidenciais teriam  sido de fato os mais indicados,os melhores,dentro da sociedade brasileira para governar o país? Será que os vícios históricos acampados na “mente” e na “moral” dos partidos políticos, sem exceção,seriam indicativos suficientes  dos melhores representantes para governar a sociedade? Os políticos seriam “causa” ,ou “efeito”,dos seus respectivos partidos políticos?

Desse modo,chegar na  frente de uma  urna no dia da  eleição para escolha do candidato  não estaria significando quase a mesma coisa que responder à pergunta  da Justiça Eleitoral sobre a   eventual “preferência”(do eleitor)  em “morrer executado na forca, na cadeira elétrica, ou queimado na fogueira (como na inquisição ?)”.  Não é exatamente isso o que acontece com grande parte do eleitorado? Dos que sentem-se no dever de votar talvez no “menos pior”?

Como se poderia exigir ou esperar o MELHOR das candidaturas a cargos eletivos “contaminadas” com os infindáveis vícios éticos dos partidos políticos, que têm na Justiça Eleitoral a sua mais fiel parceira e cão-de-guarda?  É por essa simples razão que a justiça eleitoral mais parece ter sido feita exatamente com a “cara dos políticos” que a fizeram através das leis que aprovaram.

A verdade é que o eleitor se obriga a comparecer às urnas e participar desse “teatrinho” eleitoral montado  pelos políticos,e pela Justiça Eleitoral,quase sob “vara”,sofrendo punição ou restrições nos seus direitos caso  não cumpra suas “obrigações eleitorais”.

Será que Hitler tinha alguma razão quando escreveu na  sua  “Mein Kampf” que “a pior escória da sociedade era atraída a fazer política” ,em relação à sua pátria de origem, a  Áustria ? Não teria sido por essa afirmação que o “fuhrer” passou a  concentrar  o maior repúdio  dos políticos de todo o mundo, aos invés de ter sido  pelo genocídio contra  de  6 milhões de judeus? Por que os políticos só não perdoam  Hitler , e “passam por cima” das 100  milhões de pessoas assassinadas  pelo comunismo? Será que a pior escória da sociedade atraída a fazer política teria sido “privilégio” da Áustria ? Como fica essa situação em relação à classe política do Brasil? Seriam  os bons,ou os maus,os “prediletos” da política brasileira? Poder-se-ia,porventura,”avançar” ,na amarga suposição de que também o Brasil tem sido  dirigido  pela sua pior escória,infiltrada nos Três Poderes Constitucionais,em cargos eletivos,ou não?

Mas o povo,por intermédio da maioria dos seus eleitores,poderia ser “absolvido” da culpa pelos políticos que têm? Não seria o povo tão culpado pelos seus políticos quanto o são os  partidos políticos que os abrigam? Ora,se nos valermos do pensador e filósofo francês Joseph-Marie de Maistre,que deixou imortalizada a frase ”o povo  tem o governo que merece”,a resposta deve ser no sentido afirmativo.

E a eleição de muitos canalhas , através de uma capenga “democracia representativa” ,seria o bastante para absolver também essa (pseudo)democracia, legitimando os mandatos políticos de representantes da pior escória da sociedade brasileira?

Ora,Nelson Rodrigues,por seu turno, não “absolve” esse tipo de “democracia”: (1) “A maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica  dos idiotas,quem são a maioria da humanidade”,e ; (2) “Os idiotas vão tomar conta do mundo. Não  pela capacidade,mas pela quantidade.Eles são muitos”.

Mas para as eleições presidenciais de outubro de 2022 os brasileiros estão efetivamente  com a “corda no pescoço”. É claro  que entre Lula e Bolsonaro,que atualmente  disputam a “ponta”pelas pesquisas eleitorais,o primeiro deve ser totalmente   descartado,embora o segundo possa não ser o “ideal” para a presente situação política brasileira.

Mas parece que “só” a esquerda estaria  eventualmente cogitando da  conveniência de lançar uma candidatura presidencial “terceira via”,dependendo dos resultados certamente “sacretos”de pesquisas que teria encomendado  sobre a preferência dos eleitores nas eleições de 2022. Se Bolsonaro estiver na frente,na  avaliação “deles”, darão um jeito de lançar a tal de candidatura “terceira via”,provavelmente  de esquerda,talvez disfarçada de “centro”,ou “centro direita”,encabeçada (mais uma vez) pelo PSDB, de FHC,repetindo-se o teatro político da esquerda que de 1995 a 2014 governou o Brasil,sempre com “duas esquerdas” disputando as eleições ,uma falsa,o PSDB,e outra verdadeira,o PT. E para quem não sabe,esse “teatro” político de esquerda foi montado nos Estados Unidos,em 1993,no tal “Pacto de Princeton”,assinado por Lula,,pelo PT, e FHC,representando o“Diálogo Interamericano”,que seguiu à risca a diretriz da “Estratégia das Tesouras”,de Hegel e Karl Marx.

Cuidado,portanto,a possível ”Terceira Via” que se aproxima  nas candidaturas presidenciais não passaria  de um novo  golpe da esquerda,como antes já aconteceu,mesmo que essa escolha recaísse  “disfarçada” em Sérgio Moro,ou outro qualquer, sem “cara” esquerdista aparente.

Sérgio Alves de Oliveira

Advogado e Sociólogo

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