MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 14 de junho de 2021

Profª Draª Soraya Smaili, farmacologista da EPM-Unifesp e coordenadora no Centro de Saúde Global da universidade, ressalta a importância da decisão do G7 sobre a distribuição de vacinas pelo mundo

 


 

A importante decisão do G7, tomada em reunião de cúpula deste fim de semana, já nos traz um alívio em relação à distribuição de vacinas pelo mundo. Isso por que na semana passada, a OMS havia informado sobre o atraso no cronograma estabelecido e que a esta altura já teria mais de 1 bilhão de vacinados. Também foi verificado um atraso na entrega das vacinas pelo sistema Covax Facility, o consórcio de diversos países, que havia atingido pouco mais de 70 milhões de vacinados no mundo no início de junho. Paralelamente a isso alguns dos países ricos chegaram a vacinar mais de 75% da sua população, enquanto que o continente africano não chegou a 5% e o sulamericano tem menos de 8%. O Brasil chegou agora à 25%, muito distante das necessidades de mitigação da doença e da prevenção de novos aumentos da mesma onda.

Esta decisão também é considerada uma resposta em virtude da grande pressão que os países têm feito junto à OMC, para a flexibilização temporária das patentes das vacinas, o que aumentaria a produção em diversos países, aceleraria a distribuição e o mundo poderia ter dias mais seguros, para todos e de maneira mais rápida. Atualmente são mais de 100 países que assumiram esta posição, inclusive o EUA. O Brasil, distante da posição dos BRICS, continua contrário a flexibilizar. O que é não é compreensível, pois não seria para uma patente específica, e nem atrapalharia as negociações já em andamento, mas seria para que outros países pudessem produzir mais para o Covax Facility e que pudessem distribuir mais, inclusive para o Brasil. Este foi um assunto importante da última Assembléia Geral da Saúde e continuará em debate pelos organismos internacionais.

De qualquer maneira, a decisão do G7 é importante, especialmente para os países mais pobres, o que não é o caso do Brasil, que até a bem pouco tempo fazia parte do G8 estendido. Também é um elemento importante na discussão do mundo globalizado, em que o conceito de produtos para a saúde humana, possam ser considerados bens públicos e não propriedade. A doação é um passo para a solidariedade, é um gesto. Esperamos que o mundo continue aprendendo com o luto e a dor da pandemia. Não há desenvolvimento ou riquezas que se sustentem, se não houver gente saudável e distribuição econômica.

Assessoria de Comunicação

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