Compositor e violonista, autor de Pelo Telefone, o primeiro samba gravado no Brasil, é tema de videoaula desta terça-feira, 15/6, na Série Casa do Choro, parte do projeto Bossa Criativa, parceria de Funarte e UFRJ. | ||
Nesta terça-feira 15/06, como parte do módulo Personagens do Choro da Oficina Casa do Choro, o Bossa Criativa traz uma aula do cavaquinista Jayme Vignoli sobre Ernesto dos Santos, o Donga. Ao lado de seus companheiros inseparáveis, Pixinguinha e João da Baiana, ele formou uma das mais notáveis “santíssimas trindades” da música brasileira. Cavaquinista e violonista muito atuante, Donga foi um compositor inspirado, com uma obra que vai muito além do icônico Pelo Telefone, o primeiro samba gravado. O projeto é uma parceria da Fundação Nacional de Artes – Funarte com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria de sua Escola de Música. O personagem Donga cresceu entre os bairros da Cidade Nova e da Saúde onde, desde menino, frequentou as reuniões de grupos de baianos que começaram a formar os primeiros ranchos carnavalescos. Seu pai era pedreiro e tocava bombardino nas horas vagas, e sua mãe era a famosa Tia Amélia, baiana que dava festas de samba e candomblé em sua casa. Aprendeu a tocar cavaquinho aos 14 anos, ouvindo as músicas de Mário Álvares (1861–1905), cavaquinista que considerava um dos maiores compositores e solistas brasileiros, segundo depoimento que deu ao Museu da Imagem e do Som em 1969. Em 1907, Donga começou a estudar violão com Quincas Laranjeiras (1873–1935). Com Mauro de Almeida, compôs, em 1916, o famoso Pelo Telefone, primeiro samba a ser gravado, criado em uma das reuniões de samba na casa da baiana Tia Ciata, com a presença de João da Baiana, Pixinguinha, Caninha, Sinhô e Buci Moreira, entre outros. Fundador do conjunto Oito Batutas, criado com Pixinguinha em 1919 para tocar na sala de espera do Cinema Palais, Donga atuou como violonista nas viagens que o grupo fez a Paris, em 1922, e no ano seguinte, a Buenos Aires, realizando apresentações e gravando uma série de discos para a gravadora Victor Argentina. Em 1926, o artista fez mais uma turnê à Europa integrando o Carlito Jazz, grupo organizado pelo baterista Carlito para acompanhar a companhia francesa de revistas Bataclan. Criou, com Pixinguinha, a Orquestra Típica Pixinguinha-Donga, fazendo gravações de choros, sambas e maxixes para Parlophon, subsidiária da Odeon, em 1928. Na década de 1930, integrou, ainda com Pixinguinha, os grupos Guarda Velha e Diabos do Céu, tocando cavaquinho, banjo e violão. Compositor de choros, sambas, batucadas, emboladas, marchas, canções, entre outros gêneros, teve boa parte de sua produção gravada por grandes cantores como Carmen Miranda, Francisco Alves, Mário Reis, Sílvio Caldas, Augusto Calheiros, Aurora Miranda e Almirante. Gravou um LP só com composições de sua autoria pela gravadora Marcus Pereira, mas faleceu poucos meses antes de seu lançamento, em 1974. (Fonte: Enciclopédia Ilustrada do Choro no Séc. XIX Mais detalhes em https://acervo.casadochoro.com.br/cards/view/417)
O professor Jayme Vignoli é cavaquinista, arranjador, compositor, é bacharel em Composição pela Unirio. É integrante do conjunto Água de Moringa, com o qual gravou três CDs (o segundo ganhou o Prêmio Sharp de melhor conjunto em 1994). Já se apresentou e gravou com diversos artistas de renome, dentre os quais Paulinho da Viola, Raphael Rabello entre outros. Na Escola Portátil, dá aulas de cavaquinho e foi um dos professores responsáveis pela Camerata Portátil. A série Lançada em janeiro, a série Casa do Choro é composta por um conjunto de 50 video-oficinas e quatro shows gratuitos, que abordam história, análise, prática e performance de chorões – tratando desse gênero musical desde seu surgimento, no século XIX, até os dias atuais. Os vídeos estão divididos em quatro módulos: Princípios do Choro, 8 com Maurício Carrilho, Furiosa Portátil e Minishows, que serão postados de forma seriada durante todo o primeiro semestre de 2021 e que poderão ser acessados através do site www.bossacriativa.art.br e, também, pelo canal Arte de Toda Gente, no Youtube. O Bossa Criativa Parceria entre a Funarte e a UFRJ, com curadoria da Escola de Música da universidade, o projeto Bossa Criativa – Arte de Toda Gente reúne apresentações e oficinas de diversas linguagens artísticas, integrantes de várias formas de economia criativa. O foco é a democratização da cultura, bem como a diversidade e a difusão de todas as artes, de modo inclusivo. A programação é composta de shows curtos, performances e atividades de capacitação, em vídeos, exibidos no site www.bossacriativa.art.br, com participação de artistas de todo o Brasil. A agenda inclui o lançamento de um edital para novas propostas artísticas e culturais; e também um chamamento público, para apresentação de trabalhos de mestrado na área das artes. A iniciativa faz parte do Programa Arte de Toda Gente. Mais informações no site da iniciativa. | ||
Serviço: Aula sobre Donga, na oficina Casa do Choro, módulo Personagens do Choro do Bossa Criativa Quando: disponível em 15 de junho de 2021, no site do projeto www.bossacriativa.art.br e, também, no canal Arte de Toda Gente, no Youtube As apresentações e toda a programação da série permanecerão disponíveis durante toda a duração do projeto. Realização: Fundação Nacional de Artes – Funarte Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Curadoria: Escola de Música da UFRJ Atividades, ações e mais informações disponíveis no site www.bossacriativa.art.br Informações sobre editais e outros programas da Funarte www.funarte.gov.br Mais informações para a imprensa Projetos UFRJ – Funarte: imprensa@musica.ufrj.br Assessoria de Comunicação da Funarte: ascomfunarte@funarte.gov.br |
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