São Paulo, 15 de junho de 2021
– O Centro Oncológico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
acaba de duplicar o número de leitos dedicados ao Serviço de Transplante
de Medula Óssea (TMO). Em 2016 a instituição inaugurou sete leitos no
hospital BP Mirante; em 2019 foram inaugurados mais dez na unidade BP
Paulista e agora, no mesmo andar, como complemento, serão abertos mais
17 leitos, sendo 13 para pacientes internados e quatro para atendimento
ambulatorial dedicado ao transplante. No total a BP passa a contar com
34 leitos de TMO. As expansões receberam um investimento de R$ 6
milhões.
O hematologista
Phillip Scheinberg, coordenador da Hematologia Clínica da BP, explica
que o contínuo crescimento do serviço de TMO é resultado de a uma
combinação de fatores que vão desde o fato do Centro Oncológico da
instituição ser uma referência nacional até a organização interna da
unidade. “Essa é a terceira expansão que promovemos em menos de quatro
anos. Criamos processos, definimos novos fluxos, padronizações e
promovemos um maior entrosamento dos médicos, enfermeiros e equipe
multidisciplinar. Isso tudo impacta no desempenho”, detalha o
hematologista.
Dados do
Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) da Associação Brasileira de
Transplantes de Órgãos (ABTO) comprovam a alta produtividade do Centro
Oncológico da BP nesse tipo de transplante. Em 2020, mesmo com a
pandemia, foram realizados 126 procedimentos desse tipo, fazendo com que
a BP figure entre os cinco principais centros transplantadores de
medula óssea do País e o principal da capital paulista.
Transplante ambulatorial
O
Serviço de Transplante de Medula Óssea da BP conta com uma equipe com
25 hematologistas, sendo sete deles com dedicação exclusiva aos
transplantes. Realiza procedimentos autólogos, quando as células
transplantadas são do próprio paciente, quanto os alogênicos, quando as
células são doadas por outro indivíduo, aparentado ou não. Em todos os
casos o processo inteiro é acompanhado pelos especialistas da
instituição, desde o pré-transplante; a mobilização, coleta e
preservação de células progenitoras hematopoéticas; a administração de
quimioterapia em altas doses; a infusão das células progenitoras; o
suporte clínico e intensivo durante o período de aplasia medular; e o
suporte ambulatorial dedicado no pós-transplante.
Desde
2016, o serviço já realizou cerca de 570 transplantes, sendo a maior
parte de pacientes adultos. Mas o programa pediátrico deve ganhar espaço
na nova área, de forma integrada.
Com
os leitos ambulatoriais, a BP passa a ampliar também as atividades
dedicadas ao transplante ambulatorial, modalidade amplamente utilizada
na Europa. “Estamos avançarmos com uma estrutura ambulatorial robusta,
que integra todos os serviços”, explica. “Ao identificarmos um protocolo
que permita o transplante nesta modalidade, nossa ideia é oferecer um
atendimento multidisciplinar, que permita otimizar os recursos, diminuir
o tempo de internação ou desospitalização sempre com foco na qualidade e
na experiência dos clientes”, finaliza Phillip Scheinberg.
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