Foto: Reprodução
O professor Olavo de Carvalho
O polemista Olavo de Carvalho resolveu dobrar a aposta e voltou
a atacar os generais do governo de Jair Bolsonaro (PSL) no domingo (31)
e nesta segunda-feira (1º), depois de apelos das alas militar e civil
do Planalto por pacificação. O seu principal alvo é o ministro general
Santos Cruz (Secretaria de Governo), que disse à Folha de S.Paulo que é
preciso restabelecer o diálogo entre Executivo e Legislativo e
reinterpretar a suposta disputa entre as chamadas nova e velha política.
“O general Santos Cruz ofende de maneira brutal o nosso presidente:
insinua que ele não tem maturidade para escolher sensatamente seus
amigos e precisar portanto de um tutor, o próprio Santos Cruz”, disse o
escritor nas redes sociais. “O truque do Santos Cruz é camuflar sua
mediocridade invejosa sob trejeitos de isentismo e acusar de
‘extremista’ quem o supera intelectualmente.” É na tensão com a classe
política que Olavo e o seu grupo no governo, a ala ideológica, apostam
para manter o eleitorado de Bolsonaro mobilizado a seu favor. O canal
direto com a população pregado por Olavo e discípulos preocupa o
Congresso, que vê nos gestos uma tentação autoritária do presidente Jair
Bolsonaro (PSL). “Sábio, no Brasil, só o povão. De gerente de posto de
gasolina para cima, só tem palpiteiro bobão”, afirmou nesta segunda o
polemista nas redes sociais. “O mal do Brasil é a elite mais inculta e
presunçosa do universo”, disse. Esse é o mesmo discurso adotado pelo
presidente americano Donald Trump na campanha que o elegeu e depois, no
cargo. Olavo, seus alunos e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho
do presidente, estreitaram laços com o estrategista americano Steve
Bannon, ex-assessor de Trump, demitido da Casa Branca considerado um
traidor pela família do presidente americano. À Folha de S.Paulo Santos
Cruz disse que a indicação de cargos é normal no sistema político.
“Vamos nos levantar das nossas cadeiras e conversar com os
parlamentares. Temos que dar crédito para o nosso Congresso”, afirmou o
ministro.
Folhapress
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